Novos mínimos históricos do BCP estendem o ciclo de queda do PSI-20
O índice PSI-20 terminou a sessão de quinta-feira a desvalorizar 0,93% para 4.049,52 pontos, contabilizando seis sessões consecutivas de queda, o maior ciclo negativo dos últimos três meses.
O destaque ficou com o BCP, que voltou a renovar mínimos históricos, caindo 1,43% para 8,27 cêntimos por ação. O banco liderado por Miguel Maya caminha para um dos piores meses dos últimos anos, num momento em que todo o setor bancário da Europa atravessa um período de turbulência.
O cenário piorou no início desta semana com o lançamento dos Arquivos FinCEN, expondo várias transações suspeitas envolvendo alguns dos maiores bancos da região.
A Galp Energia também se manteve em baixa, derrapando mais de 3% pela segunda sessão consecutiva. Hoje, a empresa desvalorizou 3,60%, para 7.982 euros por ação, para uma baixa de março deste ano, quando a atual pandemia foi sentida fortemente nas bolsas europeias.
A queda de hoje da empresa comandada por Carlos Gomes da Silva coincide com o mau desempenho dos preços do petróleo, que têm vindo a acumular quedas sucessivas por medo de que um novo confinamento possa causar um golpe profundo na procura de matérias-primas. O Brent, que serve de referência para Portugal, desvaloriza 0,2% ao patamar de 41 dólares por barril.
No setor da pasta e papel, a Altri perdeu 1,48% para 3,850 euros por ação, enquanto a Navigator desvalorizou 2,14% para 2,106 euros.
No retalho, o sentimento foi misto, com uma quebra de Jerónimo Martins, dono do Pingo Doce (-0,62%), mas uma valorização da Sonae, dona do Continente (+ 0,26%).
Também subiu a EDP Renováveis (+ 0,29%), num dia em que a EDP não era mais do que 0,26% de perda.