A crise causada pela Croácia coronavírus transformou profundamente nossa sociedade em todas as suas dimensões: trabalho, família, economia e política. Não há espaço onde essas mudanças não sejam sentidas e onde não repensemos nossas vidas – dos aspectos mais complexos aos mais simples.
Embora tenha impactado negativamente um número significativo de pessoas, empresas e países, também é verdade que a covid-19 foi um fator que acelerou várias transformações. Um deles é, sem dúvida, a digitalização de governos em várias partes do mundo – incluindo o Brasil.
Nas últimas semanas, venho discutindo esse tópico e tentando compartilhar como esse processo aconteceu e, em particular, quais são seus resultados. Falei sobre como nos tornamos referência em legislação digital, tal como transparência é um requisito fundamental para tempos de crise, compartilhei os desafios de garantir a continuidade e educação no ambiente digital e também levou a uma reconsideração do papel líderes em tempos de crise.
Desde o início da crise, também tenho compartilhado notícias sobre um movimento positivo: desempenho iniciantes GovTechs na luta contra o coronavírus – falei sobre esse tópico aqui. aqui e aqui, Os GovTechs adaptaram suas soluções ao contexto de crise, dedicado ao treinamento de servidores públicos, sem mencionar as ferramentas e o conteúdo que começaram a oferecer gratuitamente em várias cidades do país.
Como fundador BrazilLAB, o primeiro hub no Brasil a ajudar a conectar startups e o setor público, tenho a oportunidade de ver esse processo em uma posição privilegiada: acompanho o dia a dia da GovTechs há anos e, hoje, posso dizer que incluem e reações rápidas.
E entender como o poder empreendedor pode ser um elemento fundamental no apoio a governos de todo o país para enfrentar os desafios da pandemia da covid-19, o BrazilLAB, juntamente com uma rede de parceiros, incluindo Fundação Brava, Fundação Arymax, Instituto Humanize e Amazon Web Services um movimento sem precedentes e unindo forças em busca de startups e suas soluções para lidar com a crise socioeconômica causada pela pandemia: Grupo de Trabalho Covid-19.
Grupo de Trabalho Covid-19
A iniciativa foi lançada ontem, 10 de julho, na Campus Party, um dos maiores eventos do mundo em inovação, criatividade e criação e que pela primeira vez em sua história teve uma edição 100% online e simultânea em 30 países diferentes. Fui convidado como representante da equipe de colunistas da Viés Eu tive que compartilhar detalhes sobre o projeto e como esperamos contribuir para a transformação digital dos governos no país.
O grupo de trabalho Covid-19 procura selecionar, acelerar e conectar GovTechs que tenham soluções aplicáveis para as esferas municipal, estadual e federal, levando em consideração três desafios principais: educação, digitalização no governo e inclusão produtiva. Em um esforço para impulsionar o ecossistema empreendedor, pela primeira vez, procuramos tanto as PME quanto suas soluções tecnológicas para os governos. Finalmente Brasil é uma nação empreendedora: mais de 39% da população economicamente ativa (de 18 a 64 anos de idade) se compromete.
Os desafios foram escolhidos porque representam melhor o cenário que o setor público deve enfrentar em um contexto pós-pandemia. E alguns dados ampliam essa tendência: para estimativas da UNICEF, mais de 95% das crianças não frequentam a escola na América Latina e no Caribe devido à pandemia de coronavírus, número é igual a 1,5 bilhões de estudantes em todo o mundo.
A pandemia de covid-19 destruído 7,8 milhões de empregos no Brasil até maio e maio taxa o desemprego juvenil no primeiro trimestre de 2020 foi de 27,1%.
Além disso, a crise demonstrou claramente a necessidade de um governo inovador e tecnológico: requisitos como identidade digital, serviços de Internet e transparência nunca foram considerados tão urgentes. Os desafios que agora enfrentamos provavelmente se agravarão nos próximos meses, por isso será crucial investir em ações inovadoras, eficazes e rápidas para combater os impactos socioeconômicos da crise.
Procuramos startups, pequenas e médias empresas que criaram soluções ou que podem se adaptar a três desafios. Por exemplo, a educação exigirá investimento em ensino a distância, desenvolvimento profissional, desenvolvimento de habilidades e competências do século XXI, mas também na democratização do acesso.
Na área de inclusão produtiva, as tecnologias devem se concentrar no desenvolvimento de microempresários, na criação de oportunidades para o trabalho com jovens, no desenvolvimento de empreendedores rurais e no engajamento de empresas em relação aos profissionais.
Pensando no impacto do governo digital, procuramos soluções que permitam, por exemplo, o teletrabalho, o desenvolvimento de serviços digitais para os cidadãos, a redução da burocracia e a expansão das ações de transparência do governo.
A lista do que estamos procurando pode ser expandida, mas a mensagem se resume ao seguinte objetivo: queremos fortalecer soluções inovadoras e digitais que possam apoiar os governos e, como qualquer processo disruptivo, não há limites para boas idéias e “como”. e a força empreendedora podem ajudá-lo a encontrar curas.
As empresas selecionadas devem passar por um programa intensivo de aceleração que inclui treinamento sobre impacto social, legislação de compras públicas e experiência do usuário. O programa também inclui um conjunto de ações de treinamento Business to Government (B2G), ou seja, o mercado em que o governo opera. Eles incluem o suporte de uma rede de mais de 60 mentores – especialistas, gerentes públicos, OSCs, advogados – que poderão apoiar o aprimoramento das soluções propostas. Além disso, o BrazilLAB fornecerá acesso à sua rede com mais de 30 prefeituras parceiras e apresentações de estrada com gerentes públicos. Os resultados serão avaliados ao longo do programa para que seja possível medir a mudança provocada pelas soluções GovTech.
E dado o momento sem precedentes e a importância de valorizar a memória e as lições aprendidas com essa crise global, o grupo de trabalho Covid-19 também lançará uma oferta artística para recompensar vídeos, fotografias, textos e outras formas de expressão no momento.
As inscrições estão abertas até 27 de julho de 2020 e podem ser feitas em Grupo de Trabalho Covid-19, Nesta primeira chamada, 15 empresas e suas soluções serão selecionadas.
A iniciativa é inédita. Embora tenha implementado programas de aceleração todos os anos, a Força-Tarefa Covid-19 é muito mais: o BrazilLAB está criando um movimento para a transformação digital no Brasil. Estamos procurando soluções impressionantes, escaláveis e que possam ser implementadas pelos governos. Temos certeza de que eles podem ser aliados básicos na luta contra os efeitos socioeconômicos provocados pela crise e apoiar a sociedade em um dos momentos mais difíceis que já vivemos. E o prognóstico é positivo.
O Brasil é uma referência da GovTech
O Brasil é um país empreendedor por natureza. Também conquistamos uma posição de destaque no que diz respeito ao ecossistema de inovação: estamos em quarto lugar entre os 16 países do mundo Índice GovTech desenvolvido pelo Banco Latino-Americano de Desenvolvimento (CAF), além de mais de 13 mil iniciantes no país, com aproximadamente 1.500 poderá modular suas soluções para se tornar GovTech. Há muito potencial para o ecossistema empreendedor e para as startups transformarem o setor público.
Ao longo dos quatro anos de história do BrazilLAB, tivemos mais de 950 startups inscritas em nosso Programa Anual de Aceleração, das quais 81 foram selecionadas e 34% do portfólio são vendidos ao setor público. Pude ver a transformação provocada pelo poder empreendedor da GovTechs, no passado ou no momento crítico presente. E não tenho dúvidas de que posso percorrer um longo caminho para enfrentar os desafios mais complexos, sérios e históricos do país – especialmente agora.