Embora não haja campanha de vacinação em Jundiaí este ano, especialistas destacam a importância da proteção do animal. De acordo com o Monitoramento Ambiental (Visam), foi registrado um caso de raiva em um morcego, contra sete em 2020.
A doença é uma das mais perigosas do mundo, pois pode afetar animais domésticos e humanos. Hoje, quando é comemorado o Dia Mundial da Raiva, as orientações dos especialistas referem-se à vacinação como forma de proteção.
O médico veterinário André Antonucci, 38, alerta os orientadores que a doença não tem cura. “A vacinação é importante porque garante a prevenção. A raiva não tem cura e os animais infectados podem ser sacrificados”, explica.
Esta zoonose é uma doença viral que afeta todos os mamíferos. O veterinário explica que cuidar da saúde do animal também é cuidar da saúde da família. “A raiva pode ser transmitida de animais para humanos, então vacinar um animal de estimação também é uma questão de bem-estar humano”, acrescenta.
O principal modo de contaminação é o contato com a saliva de um animal infectado. “A transmissão também pode ocorrer pelo contato direto com o animal infectado, como arranhão, mordida ou secreção. A raiva não tem cura e sua evolução pode levar à morte”, diz o veterinário.
NOTA
É importante que os mentores estejam atentos e atualizem a carteira de vacinação para cães e gatos. Os animais podem receber a primeira dose da vacina contra a raiva às 12 semanas de idade, com um aumento anual ao longo da vida.
Além de cães e gatos, também estão disponíveis vacinas para animais domésticos como cavalos, gado, cabras, ovelhas e porcos.
A prevenção de animais de estimação começa com uma vacina. A última campanha de vacinação em Jundiaí ocorreu em 2018 devido à não distribuição das doses pelo Ministério da Saúde. Desde então, tem sido recomendado que o cuidador procure uma clínica veterinária e vacine todo o animal anualmente.
SINTOMAS
Salivação excessiva, mal-estar, febre, náuseas, dor de garganta, irritabilidade, mordidas, paralisia e convulsões são sintomas de raiva.
O veterinário afirma que, ao apresentar sintomas, é importante que o cuidador do animal procure uma clínica veterinária o mais rápido possível. “Em cães e gatos, esses sintomas, acompanhados pela dificuldade de engolir saliva, levam à paralisia e à morte”, explica.
Em Jundiaí, embora não haja campanha de vacinação anti-rábica neste ano, Visam afirma que outras atividades de monitoramento da doença na cidade não foram interrompidas.
(Caroline Adrielli)