A CovidAudit, uma certificação criada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, é uma iniciativa para informar sobre a situação de segurança do tráfico físico. Uma unidade de saúde com sede em São Paulo quer classificar as lojas em todo o país que atendem aos padrões de higiene e prevenção definidos na pandemia de covid-19.
Muitos especialistas não recomendam a reabertura da loja devido às velocidades atuais de transferência e ao número de casos abertos no Brasil. Porém, ao reabrir gradualmente e aliviar o isolamento social em muitas cidades brasileiras, certos protocolos de saúde estão ajudando a reduzir as chances de contrair o vírus.
Um selo será distribuído e exibido na entrada da loja, para informar ao consumidor que o local segue boas práticas de prevenção, como:
- Fornecimento de equipamentos de proteção individual (máscaras de funcionários, gel de álcool para clientes);
- Atitudes preventivas (lavagem das mãos, distância entre pessoas);
- Mudanças na estrutura (por exemplo, em boas instalações de lojas de roupas ou mesas em restaurantes).
A iniciativa está sendo implementada em parceria com a OnYou, empresa de auditoria que utiliza a metodologia “cliente oculto”, que é auditor de uma instituição que se apresenta como consumidor regular, para experimentar espontaneamente o atendimento e a experiência do cliente.
Depois de consumir (comer ou comprar um produto), o auditor se apresenta e faz perguntas sobre o funcionamento da loja e pede para verificar os bastidores, como estoques e recebimentos do produto. Por fim, ele faz um relatório sobre a visita, que é analisado por OnYou e Einstein.
Einstein analisa o relacionamento com funcionários e consumidores. “Por exemplo, não há benefício em proteger todos os vendedores, mas deixar o cliente ficar sem máscara. A loja também deve exigir que os consumidores sigam os padrões em suas instalações”, diz Anarita Buffe, diretora de consultoria e projetos da Einstein.
O selo CovidAudit é válido por 15 dias. Uma nova visita é feita a cada duas semanas para verificar se a loja continua a seguir protocolos preventivos contra o novo coronavírus.
“Agora o foco está na lavagem das mãos”
O projeto foi testado na semana passada em redes de varejo como Spoleto (fast food fast food), L´Occitane (produtos de higiene e cosméticos) e Aramis (roupas masculinas), em algumas das capitais do país. Agora, com alguns ajustes feitos, será estendido a todas as instituições que desejam empregar esse serviço.
Daniel Milaré, diretor de varejo da L’Occitane, diz que os ajustes são um grande desafio. “Passamos a vida toda treinando nossa equipe para oferecer ao cliente uma visita sensorial e encantadora. Agora você não pode tentar nada, principalmente aromas em spray, sabonetes ou esfoliantes. Agora, o foco está na lavagem das mãos”, explica ele.
Segundo ele, o maior desafio é manter uma distância social adequada dentro das lojas, que geralmente são pequenas. “Nossa orientação para os funcionários é sempre se comunicar com o cliente”, diz Milaré, que acredita que o rótulo fornecerá mais confiança aos consumidores, especialmente aqueles que estão isolados há muito tempo.