A polícia civil do Rio prendeu ontem um homem suspeito de manter sua esposa em uma prisão particular no bairro de Campo Grande, no lado oeste do Rio de Janeiro, por oito anos. Oficiais do DEAM (uma delegacia especializada em ajudar mulheres) chegaram à propriedade depois que a vítima escreveu um bilhete pedindo ajuda, tirou uma foto pelo celular do filho e o enviou a um advogado que tirou a foto para a delegacia.
Em uma nota, ela explica ao filho que não o encontrou no WhatsApp e pediu ajuda. “Não pude falar com você através do zap.
Henrique me ordena. Ele está sempre atrás de mim, observando o que eu faço e me ameaçando. É impossível para meu filho não ver ou ouvir. Nem os vizinhos ”, explicou a mulher de 46 anos, cuja identidade não foi revelada.
A vítima alegou que procurava a polícia em 2019, mas não obteve êxito. “No ano passado, reclamei no telefone, mas tive que fazê-lo na delegacia. Não resolveu nada”, disse ele.
Não tenho saída, sou completamente mentalmente, moralmente atormentado e sinto terríveis limitações
Segundo a policial Monica Areal, responsável pelo caso, o homem de 49 anos relutou em abrir a porta para a polícia e foi preso pelo ato.
“Chegamos lá e ela estava amassada no canto da casa. Ela não veio falar conosco. Ela não falou sem a permissão dele. Foi só quando o prendemos que ela nos contou o que aconteceu. Ela tentou se livrar dele, mas eles acabaram espancando-o. “Ela também sofreu muitas ameaças”, explica ela.
O homem, que aparece em um bilhete identificado apenas como Henrique, foi preso em uma prisão particular, cuja sentença varia de dois a cinco anos de prisão. O enviado também disse que iria iniciar investigações para investigar alegações de danos corporais e tortura.
Segundo Mônica Areal, o suspeito ficou em silêncio durante a prisão e não reivindicou nada em sua defesa. Segundo o enviado, o suspeito não tem advogado.