A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, votou em uma sessão plenária virtual para defender uma disposição que proíbe as operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro durante uma pandemia coronavírus, Tais ações só podem ocorrer em ocasiões excepcionais. Além do ministro, os ministros Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin, que é o relator, já votaram desta maneira.
No início de junho, Fachin tomou uma decisão provisória antes de uma ação coletiva movida pelo PSB para limitar esse tipo de ação nas comunidades do Rio de Janeiro. Os ataques policiais podem ser realizados apenas em casos “absolutamente importantes” e com uma explicação por escrito.
“Não queremos impedir que o Estado adira à oferta de segurança pública, queremos que o Estado o faça, mas sem tratar a morte na periferia como dano colateral”, diz o advogado Joel Luiz, um dos signatários da ação coletiva.
Sete ministros ainda não votaram. Não está previsto quando a próxima votação será realizada (em uma sessão plenária virtual isso pode ocorrer a qualquer momento), mas o prazo máximo é 3 de agosto.
O resultado da suspensão das ações truculantes do Primeiro Ministro do Rio é significativo. Enquanto 129 mortes foram registradas em maio devido à intervenção de agentes do estado, em junho, após a decisão de Fachin, houve 34 homicídios desse tipo. Uma queda de 73,6%.