No dia seguinte ao cancelamento da exposição do SBT Brasil, Silvio Santos decidiu mostrar parte da reunião de Jair Bolsonar com seus ministros. O “programa” foi ao ar imediatamente após Eliana, por volta das 19h20 do domingo (24), e durou sete minutos. A estação de televisão decidiu não cortar o que o Presidente da República está dizendo.
Termos como “foda”, “cadela que deu à luz” e “foda” são colocados sem apito, o famoso “pi”. O vídeo foi ao ar sem nenhum aviso ao espectador. Logo após a reunião, Roda e Roda foram ao ar.
Em uma passagem destacada pelo SBT, Bolsonaro critica governadores, fala da necessidade de manter contato com o “povo”, do desejo de armar a população para “evitar a ditadura” e da importância de trocar “pessoas de nossa segurança” para proteger amigos e membros família.
Na tarde de sábado (23), enquanto produzia o SBT Brasil, os repórteres ficaram surpresos com a ordem de Silvio Santos: o noticiário não será transmitido.
Pessoas que trabalham na redação do SBT disseram que a principal motivação para a demissão seria evitar as consequências contra o presidente Jair Bolsonar depois que um vídeo da reunião ministerial foi divulgado nesta sexta-feira (22).
O genro de Silvio Santos, o deputado federal Fábio Faria, argumentou que a decisão de Silvio Santos de explodir a notícia não era politicamente motivada. Ele também alertou que a reunião ministerial seria transmitida na íntegra, o que não aconteceria. Segundo fontes Notícias na TV, o CD da reunião será exibido novamente após o programa Silvio Santos.
“Nunca houve queixas do governo sobre a divulgação do famoso vídeo no SBT. O governo comemorou o vídeo. Silvio nunca aceitaria qualquer interferência. Tanto que hoje ele viu o vídeo na íntegra. [24] sobre o programa que mais assistiu ao SBT “, escreveu a esposa Patricia Abravanel no Twitter.
SBT Brasil offline
É a primeira vez que as principais notícias de Silvio Santos não são veiculadas desde 2005, quando foram veiculadas – as exceções são o Teleton Sábados, uma maratona de televisão que dura mais de 24 horas. Na ocasião, uma equipe de jornalistas foi mobilizada para contar histórias positivas sobre pessoas com deficiência.
Em comunicado, em abril, Silvio Santos chamou Bolsonaro de “chefe” quando negou nomear um nome para substituir o então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
“Minha concessão de televisão pertence ao governo federal e eu nunca seria contra qualquer decisão do meu ‘chefe’ que possui minha concessão. Nunca acreditei que um funcionário fosse contra o proprietário, ou aceitasse a opinião do chefe ou conseguisse outro emprego”. escreveu o proprietário do SBT.
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