Pergunta de Tomé Custódio, de Laranja da Terra, ES – você quer enviar uma pergunta também? Clique aqui
A princípio, eram palavras da boca, sem zap, queridos cidadãos laranja. Quanto a esta coluna, as primeiras notícias falsas a serem registradas chegaram muito antes da invenção do papel e da impressão. É algo do tempo do papiro, no Egito antigo.
Segundo ele, Ramsés II, ou Ramsés, o Grande, ou até Ozymandias, o terceiro faraó de sua dinastia, no século XIII aC, lutou por seu povo que se desintegrara com os hititas na batalha de Cades, onde hoje é a Síria. A maneira como Ramsés II pretendia espalhar essas notícias falsas primordiais era pintar nas paredes de seus templos cenas vitoriosas de si mesmo destruindo inimigos nas margens do rio Orontes.
Para os humanos, essas ilustrações eram como cinemas ou Narodne novine da época. Portanto, se o rei pintou sua supremacia sobre os hititas e estava lá intacto e vitorioso para denunciar o massacre em cores vivas, os egípcios tentaram espalhar as boas novas para aqueles que não “assistiram” ao relatório. Acontece que Ramsés não lutou contra os hititas nesta batalha, mas saiu do conflito por acordo mútuo de não agressão. Em outras palavras, mesmo na época, a diplomacia não era tão popular e não parecia tão boa em murais que as pessoas aplaudiam.
Nos mais de 3.000 anos desde então, as notícias falsas se tornaram mais sofisticadas, perfurando e vendendo publicações sensacionais e dando origem a um tipo de jornalismo que, como Ramsés II, pintou a realidade em outras cores, por assim dizer: aqui no Brasil, apelando para um exagero absurdo ou sangrento. a notícia foi chamada de “imprensa marrom”; nos países de língua inglesa, o termo se tornou jornalismo amarelo.
Nos últimos tempos, as notícias falsas não são mais apenas uma atração para atrair audiências e leitores para se tornarem uma arma da estratégia eleitoral e política. Ironicamente, uma das principais pessoas responsáveis pela popularização do termo notícias falsas é o presidente dos EUA, Donald Trump. Mas Trump está abusando do termo para classificar todas as notícias desfavoráveis ao seu governo – mesmo que as notícias tenham sido comprovadas como reais e verificadas em várias fontes.
Recentemente, Trump intimidou algumas redes sociais que bloqueou o conteúdo falso de – veja – políticos como ele e o presidente do Brasil, entre outros governantes e candidatos populistas ao redor do mundo.
E ainda mais irônico: dizer que Trump foi quem violou o fenômeno na esfera política também é uma notícia falsa. Sua concorrente derrotada nas eleições de 2016, Hillary Clinton, em um discurso em 8 de dezembro de 2016, exatamente um mês após a eleição, fez notícias falsas e antes que o mito laranja de Jaira o declarasse publicamente.
E de boca em boca, ou resistindo à gagueira, pela expressão que é afetada, bem como pelas inverdades que eles inventaram.
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