O motivo foi a confirmação da morte de um macaco na região, que tinha a doença
O Ministério da Saúde vai promover, a partir desta segunda-feira (9), uma ação de vacinação contra febre amarela em São Sebastião. O motivo foi a confirmação, nesta quinta-feira (5), à tarde, de que o macaco encontrado morto próximo ao bairro São José tinha a doença. Casas em um raio de 300 metros quadrados serão visitadas por cerca de 50 agentes de saúde para verificar a carteira de vacinação dos moradores e verificar se eles estão imunizados contra a febre amarela.
Ainda nesta quinta-feira, como medida ambiental, a equipe da Administração de Monitoramento Ambiental (Dival) se instalou próximo ao bairro de São José e fez o controle químico por meio de fumigação para eliminar o mosquito Aedes aegypti (transmissor da febre amarela) da área. pegar alguns insetos para análise de laboratório. Esse procedimento foi repetido na manhã desta sexta-feira (6).
A ação começa nesta segunda-feira às 9h, nos quarteirões, ruas e fazendas dos bairros de São José, São Francisco, Morro da Cruz, Vila Nova, centro rural de Zumbi dos Palmares e na Avenida Central. Se os residentes não forem vacinados contra a febre amarela, os profissionais de saúde aplicarão as doses nas casas das pessoas. Quem não recebeu as doses necessárias ou não se lembra se já foi imunizado deve ser vacinado.
O subsecretário de vigilância sanitária, Divino Valero, explica que o objetivo da medida é estabelecer um bloco de vacinação em São Sebastião como forma de prevenção. “O trabalho pode ser estendido durante a semana, dependendo da situação. Ao mesmo tempo, a equipe irá procurar ativamente por mais corpos de macacos em toda a região ”, disse ele.
A morte de primatas não humanos (PNH) em uma determinada área é um dos principais indícios da circulação do vírus em florestas e regiões florestais. Portanto, os indicadores são importantes para o controle da febre amarela.
Valério explica que macacos não transmitem febre amarela. “Assim como os humanos, eles também estão infectados com o vírus, mas não podem infectar os humanos com a doença”, acrescenta, lembrando que o ciclo de transmissão da febre amarela se dá pelos mosquitos. Em uma área urbana, o responsável pela transmissão do vírus é o Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue, zika e chikungunya.
A morte de um macaco
Este foi o primeiro caso confirmado de morte de macaco desde este ano no Distrito Federal. A última aparição do tipo foi gravada em 2016.
No último boletim do Ministério da Saúde sobre monitoramento da mortalidade de macacos, o Distrito Federal coletou 69 macacos mortos para análise, sem confirmar caso positivo para febre amarela. Se a população encontrar macacos mortos, eles devem se comunicar pelo telefone 99269-3673 ou e-mail [email protected].
Casos humanos
De acordo com boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde, o Distrito Federal não registrou casos humanos em 2019 e 2020. Nove casos suspeitos foram relatados este ano, mas nenhum teve resultado positivo para a doença.
Porém, em 2018, o DF teve dois casos confirmados, mas eram pessoas contaminadas em São Paulo. Ressaltando que a principal medida preventiva contra a doença é a vacinação.
No DF, a cobertura vacinal para febre amarela é de 62,9%. A vacina é administrada em dose aos nove meses e o potenciador aos quatro anos. Pessoas com idade entre cinco e 59 anos, não vacinadas ou sem evidência de vacinação, devem tomar uma dose única.
Leia no site: http://www.saude.df.gov.br/sao-sebastiao-vai-receber-acao-contra-a-febre-amarela-nesta-segunda-feira/
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Escrito por: Leandro Cipriano – Agência Saúde DF
Foto: Breno Esaki / Agência Saúde