No meio do processo de fritura, a atriz Regina Duarte procurou a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) para tentar construir um local de honra para a Secretaria Especial de Cultura.
Regina trabalha em um projeto de produção de vídeo desde a semana passada, que visa apresentar as atividades já realizadas no mapa. Ela assumiu o cargo em março.
Além de Zambelli, com quem Regina é amiga, ela conta com o apoio do Secretário de Assuntos Especiais da Presidência da República, contra-almirante Flávi Roch.
O parlamentar federal deve listar nomes de cultura, pois a eleição de Regina foi cancelada por ela ou pelo presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o ex-aliado da atriz, Regina agiu prematuramente e se isolou de seus principais apoiadores.
No fim de semana passado, o vice-secretário Pedro Horta e a porta-voz Renata Giraldi deixaram a Secretaria Especial de Cultura, que foi demitida.
De acordo com os relatórios feitos com o relatório os dois aliados desistiram após a entrevista de Regina com a CNN Brasil. Nele, a conversa foi interrompida, depois do que a secretária chamou de tormento.
Pessoas próximas à secretária dizem que Regina está construindo uma maneira elegante de sair do governo presidencial. Bolsonaro deixou claro que a secretária estava em processo de fritura em público.
A atriz foi aconselhada a passar por um processo de “treinamento na mídia”. No entanto, esse treinamento será realizado por um advogado criminal, não por um especialista em comunicação.
Este passeio foi projetado com a ajuda de Zambellli e Roch, para que Regina esteja pronta para responder a perguntas. Os argumentos legais são levados em consideração aqui.
De acordo com pessoas próximas ao portfólio, a Secretaria Especial da Cultura está passando por uma espécie de intervenção dos vice-bolonistas.
Segundo a ala ideológica do governo, Regina não atendeu às expectativas de remover os nomes associados ao lado esquerdo do setor cultural. Este é um tópico querido pelos bolsonares e pelos olavistas.
A atriz está enfrentando dificuldades diretas com o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. Ele o manteve em serviço, apesar dos desejos da secretária.
Com a supervisão de Zambelli, a idéia é criar um ambiente de transição para Regina deixar o governo pacificamente. Para isso, o MP aceitou o apoio de duas importantes alas do governo – a ideológica, representada pelo secretário, e a militar, de Roch.
Regina até apresentou seus planos de cultura a Bolsonar. Ela não convenceu o presidente de sua administração.
Na sua opinião, a atriz não a intensificou na guerra cultural e ideológica.
O presidente postou um vídeo nas redes sociais nesta terça-feira (19), no qual o ator Mário Frias diz que está disponível para substituir a atriz no órgão.
“Para Jair, cara, o que for preciso, eu estou aqui. Eu apoio Regina muito, sou fã dela, mas para o Brasil, eu estou aqui, o que for preciso”, disse o ator à CNN no início de maio sobre a possibilidade de assumir o órgão.
“Eu respeito muito Jair. Vejo que o Brasil tem uma chance de finalmente ser respeitado”, disse ele em um vídeo postado por Bolsanaro.
Ainda nesta terça-feira, o presidente levou Frias para almoçar com os presidentes Flamengo e Vasco. O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, também participou da reunião
Como Folha em abril, Bolsonaro aprovou aliados para criticar publicamente o governo de Regina.
Há dois meses, a atriz ainda não apresentou um forte programa de emergência para o setor cultural.
Agora, artistas e executivos contam com iniciativas do congresso para encontrar soluções para o meio ambiente, que foram fortemente influenciadas pela nova pandemia de coronavírus.
Nesse contexto Folha anunciou nesta terça-feira (18) que artistas começaram a conversar com congressistas para aprovar o que é chamado de Lei de Cultura de Emergência.
A proposta relatada pela deputada federal Jandira Feghali (PC para B-RJ) é uma combinação de quatro projetos que estavam no Congresso.
A iniciativa foi articulada por Jandira e um grupo de congressistas com a participação de artistas e secretarias estaduais e municipais de cultura de todo o país.
As propostas incluem ajuda a artistas, transferências de US $ 10.000 para centros culturais e alterações em termos de responsabilidade, pagamento de impostos, com a aprovação de juros zero por até três anos para pagamento.
Há também um plano de descentralização de recursos, ou seja, transferência direta para departamentos de cultura estaduais e municipais.