“Sem querer ofender os líderes dessas repúblicas, gostaria de dizer-lhes que cuidem de seus próprios assuntos”, disse o chefe de Estado bielorrusso, citado pela AFP.
Os chefes da diplomacia da União Europeia também concordaram em impor sanções ao regime de Minsk após as eleições presidenciais de domingo passado, tendo como alvo os responsáveis pela alegada fraude nos resultados e pela violenta repressão das manifestações.
Segundo a agência estatal Belta e a AFP, o dirigente afirmou ainda, durante reunião de hoje no Ministério da Defesa, que o país não precisa de “nenhum governo estrangeiro, nenhum mediador”.
Vários milhares de manifestantes se reuniram hoje em Minsk para protestar contra a reeleição de Lukashenko, denunciando fraude e uma violenta repressão ao poder, de acordo com a agência francesa AFP. É o maior movimento de protesto desde que Lukashenko chegou ao poder em 1994.
Para Lukashenko, “há uma agressão contra a Bielo-Rússia, mas não é apenas uma ameaça contra o país”, destacando que os protestos também ameaçam a união intergovernamental entre a Rússia e a Bielo-Rússia e têm “elementos de ingerência externa”.
Após prisões em massa ocorridas no início da semana, no entanto, as autoridades deram sinais de recuo. O próprio presidente pediu “alguma moderação”, diz a AFP.
Minsk, capital da Bielo-Rússia, recebeu apoio de Moscou, que denunciou tentativas de “interferência estrangeira” com o objetivo de desestabilizar a Bielo-Rússia, aliada histórica da Rússia, apesar das recorrentes tensões entre os dois países.
O chefe de estado bielorrusso acusou Moscou de querer reduzir seu país à condição de vassalo e intromissão nas eleições de 9 de agosto.