O índice PSI-20 encerrou esta primeira sessão da semana com ganho de 4,50%, para 4.222,68 pontos, seguindo a batuta dos pares europeus, em um dia em que as notícias sobre a vacina contra o coronavírus da Pfizer e BioNTech e a vitória de Joe Biden arrebataram fogo.
Esta também foi a tendência observada no resto da Europa, com altas oscilando entre uma valorização de 4% em Amsterdã, na Holanda, e uma disparada da ordem de 12% em Atenas, na Grécia.
Aqui, a bolsa nacional registou 15 ações cotadas a valorizar e duas a transacionar em território negativo, sendo as duas maiores mais valias a reportar pelo Banco Comercial Português e pela Galp Energia.
No primeiro caso, o banco liderado por Miguel Maya subiu 18,92% para 9,05 cêntimos por acção, o que representa a maior subida diária desde julho de 2014, altura em que Portugal – e os países da chamada periferia europeia – recuperou da crise da dívida soberana . Esta é uma tendência que pode ser observada em todo o setor na Europa, que aumentou mais de 12%.
Na segunda-feira, mais de 119 milhões de títulos do BCP mudaram de mãos, um valor bastante acima da média diária dos últimos seis meses em cerca de 48 milhões de títulos transacionados. É preciso voltar até julho deste ano para ver um dia com tanta liquidez para a ação portuguesa.
A Galp registou uma subida de 17,40% para 8.260 euros por ação, a maior subida numa única sessão desde 9 de novembro de 2007, precisamente há 13 anos. Este também foi um dia recorde para o número de ações negociadas: foram mais de 5 milhões, máximo desde março deste ano.
O sector petrolífero na Europa foi o segundo mais valorizado, sendo a portuguesa a terceira listada com maior aumento, atrás da Repsol e TechnipFMC.
No resto do mercado português, a EDP subiu 1,1% para 4.422 euros por ação, enquanto a EDP Renováveis caiu em proporções idênticas. Também foram registados fortes ganhos no sector da pasta e papel, com Altri e Navigator a ganhar mais de 5,5%.