O Ministério Público do Rio de Janeiro apontou falhas na condução de uma investigação investigando o envolvimento de Fabrício Queiroz e Adriano da Nóbreg nas mortes quando ambos eram policiais militares em 2003.
O programa Fantástico TV Globoa entrevistou a viúva da vítima, Anderson Rosa de Sousa, que disse que nunca foi interrogado na investigação e negou ser traficante. A mulher, que falou sob condição de anonimato, disse que se lembra de Queiroz como um policial aterrorizado na região. “Ele chorou muito pela mãe”, disse ela.
Queiroz e Nóbrega estão sob investigação pela morte de um homem suspeito de tráfico de drogas na Cidade de Deus, na capital Rio de Janeiro. Na época, os dois disseram que estavam agindo em legítima defesa e que haviam sido executados por supostos narcóticos na comunidade. O caso foi registrado como um ato de resistência, quando um policial morreu em um conflito.
Os promotores encontraram deficiências no caso, continuando a investigação. A morte foi registrada como um registro de resistência, mas, segundo o Ministério Público, não é possível dizer se eles agiram em legítima defesa ou se foi assassinato, segundo dados publicados na edição de hoje do Fantástico.
Segundo os promotores, os rifles usados nunca foram investigados e as testemunhas não foram ouvidas até junho deste ano, quando um dos policiais em ação testemunhou. Esse oficial disse que não se lembrava do assassinato.
Além da família Bolsonaro, Queiroz está em prisão domiciliar no Rio de Janeiro desde ontem. Uma investigação está em andamento sobre seu envolvimento em um esquema de desagregação no escritório de Flávi Bolsonara, quando o atual senador republicano era vice-estado.
Nóbrega, nomeado chefe de polícia, foi morto em fevereiro em uma operação policial em uma fazenda onde ele era um fugitivo na Bahia. Sua mãe e ex-esposa eram “obreiros espirituais” no escritório de Flávio, mostrou uma investigação liderada pelo MP-RJ.