O universo é um vácuo quase perfeito e essa ideia proposta causou polêmica em vários momentos da história. É difícil imaginar a ideia de algo gigantesco sem nada.
Por mais que os cientistas vissem o universo como um vazio gigante, ainda havia uma questão importante na mesa: luz. E até recentemente, a resposta estava na antiguidade.
A luz era conhecida por ser uma onda. Mas as ondas, como o som, geralmente precisam de um meio de propagação. No caso do som, o meio de propagação é o ar da própria atmosfera.
No entanto, os cientistas não conseguiram explicar como a luz pode viajar através do espaço. Como ele sobe do sol para a Terra? Quais devem ser os meios de expandir o universo?
Na antiguidade grega, Aristóteles propôs o éter. Ele acreditava que o espaço não poderia ter um vazio total de matéria, então ele criou a ideia do éter permeando todo o espaço.
O éter tornou-se assim o quinto elemento. A matéria, segundo sua concepção, consistia em quatro elementos (água, fogo, terra e ar). E o éter permearia as áreas vazias.
No final do século 19, sabia-se que a matéria consistia em átomos em vez de quatro elementos. No entanto, a ideia do éter ainda era atraente para explicar o movimento da luz.
Somente no século 20, com a concepção dualidade onda-partícula poderia explique o universo sem éter. A luz não é apenas uma onda, mas também uma partícula – um fóton. O som não é uma partícula. Portanto, a luz se propaga no vácuo.
Mas como existe um vácuo?
O universo é um grande vazio. E seria assim mesmo se a coisa fosse distribuída uniformemente. A densidade do universo é 5,9 prótons por metro cúbico (mil litros).
Mas a matéria não tem uma distribuição uniforme devido à gravidade. Einstein mostrou que o universo é como um tecido. E todos nós estamos dispostos neste tecido. A gravidade nada mais é do que uma deformação nesse tecido.
Portanto, as coisas foram atraídas desde o início do universo. Devido à gravidade, a matéria forma estrelas e planetas. E também por causa da gravidade, estrelas e planetas se fundem para formar galáxias. As galáxias, por outro lado, formam aglomerados de galáxias.
Em suma, quanto maior a massa de um corpo, maior sua gravidade e maior sua capacidade A “cooptação” da matéria ao seu redor, como o Sol faz com os planetas.
Vale lembrar, porém, que essa ideia de vácuo não inclui o conceito de matéria escura, que é mal compreendido. Estamos falando apenas de matéria bariônica, ou seja, matéria comum e tangível.
E embora a matéria esteja tão aglomerada, mesmo o universo não é um vácuo perfeito. Existem algumas partículas perdidas lá que vagam pelo universo por conta própria.
Na prática, não existe um vácuo perfeito. Nesse momento, é difícil controlar o assunto, mesmo em laboratório. Um vácuo quase ideal é o máximo que podemos obter do vácuo, pelo menos hoje em dia.
Com informações e MARTINS, R. e Ciência viva.