O número de mortos nas enchentes no nordeste do Brasil subiu para 20, com o governador do estado da Bahia declarando que foi o pior desastre da história do estado e as equipes de resgate se preparando para mais chuvas nos próximos dias.
Grande parte da Bahia, com uma população de cerca de 15 milhões, foi atingida por enchentes incessantes durante semanas, com uma longa seca levando a chuvas sem precedentes. As inundações em algumas áreas se intensificaram no final da véspera de Natal e no início do dia de Natal, quando algumas barragens transbordaram, mandando os residentes para áreas mais altas.
Equipes de resgate patrulharam a pequena cidade de Itapuna, no sul da Bahia, na segunda-feira, arrebatando moradores de suas casas, incluindo alguns que haviam escapado pelas janelas do segundo andar.
O governador da Bahia, Rui Costa, disse no Twitter que 72 municípios se encontram em estado de emergência.
“Infelizmente, vivemos o pior desastre da história da Bahia”, escreveu.
O tenente-coronel Monfredo Santana, do Corpo de Bombeiros da Bahia, disse à Reuters que equipes de emergência resgataram 200 pessoas em três cidades próximas. As fortes correntes no rio Kachoira complicaram os esforços de resgate.
“É difícil manobrar mesmo com céus a jato”, disse ele. “Em algum momento, as equipes de resgate tiveram que recuar.”
A Agência de Defesa Civil da Bahia disse que 20 pessoas morreram em 11 municípios diferentes.
O jornal O Globo citou o bombeiro estadual dizendo que as autoridades estavam monitorando os sinais para o rompimento de mais 10 barragens.
Dois anos após o estudo da infraestrutura pública e do planejamento urbano, uma barragem de mineração rachou no estado vizinho de Minas Gerais, matando pelo menos 270 pessoas.
Em comentários na televisão, Costa, o governador da Bahia, disse que parte das cenas confusas se deve a “erros cometidos ao longo dos anos”.