“Tem havido uma evasão de escritórios, clínicas e agora uma onda de diagnósticos tardios está começando. Isso ocorre porque o câncer de mama não para de acontecer porque as pacientes não foram testadas. Mas agora os pacientes em estágio mais avançado, um pouco maior, encontram tumores que precisam de quimioterapia porque já estão um pouco mais avançados do que encontraríamos se tivessem feito um diagnóstico, exames de rotina ”, explica De Vito.
As consequências desse afastamento já podem ser percebidas nos dados apresentados acima, porém, serão percebidas nos próximos dez anos, afirma o especialista. Isso acontecerá porque aqueles que já tinham câncer mais avançado continuarão a ser testados no futuro, com risco de metástase. “É como se tivéssemos retrocedido cinco a dez anos em dois anos, um ano e meio. Tudo o que fizemos nos últimos dez anos de incentivo, diagnóstico precoce, quebramos ”, afirma a especialista em câncer de mama.
Outro fator que contribuiu para o aumento dos casos foram os hábitos do próprio período pandêmico. Muitas pessoas não conseguiram manter os exercícios físicos durante esse período, o que foi extremamente estressante para todos. Porém, a prática de exercícios e o combate ao estresse são elementos muito importantes na prevenção do câncer de mama, que, ao contrário do que se pensa, não é feito apenas com exames, como afirma De Vito.
“Quando falamos em prevenção, evito que uma pessoa tenha câncer. Assim, atividade física, boa nutrição, prevenção do estresse e tabagismo são medidas preventivas. Quando incentivamos as mulheres a fazerem mamografias, até chamamos de prevenção, mas prevenção secundária. Na verdade, estou fazendo um diagnóstico precoce. Por isso, quando incentivo uma campanha de mamografia, incentivo o diagnóstico precoce, para que possamos encontrar lesões, às vezes até lesões pré-malignas, que não são nem câncer, para evitar tratamentos agressivos, desde tratamentos agressivos, perda de mama ”, explica Leandro.
A mastologista destaca ainda que o Outubro Rosa é o mês para considerar as políticas públicas de saúde no enfrentamento e tratamento do câncer de mama. Porém, essa luta e identificação deve ser feita ao longo do ano. “Acho que é um mês para pensar em políticas de saúde. Para se ter uma ideia, em Uberaba, como no Brasil, o índice de mamografia caiu muito, muito, tanto no serviço público quanto no privado. Portanto, não acho que este seria um mês de preocupação e caça ao mal, mas criando um cronograma de incidência, que está aumentando, e geralmente buscando ação do serviço público. Tem que ser todos, durante todo o ano, não apenas no outubro rosa ”, conclui De Vito.