Cientistas de Universidade de Arkansas, nos EUA, conseguiu extrair energia do movimento térmico do grafeno. Segundo os pesquisadores, essa é uma fonte potencial de energia limpa e ilimitada.
Energia grafeno
Três anos atrás, os mesmos pesquisadores provaram a teoria de que a deformação do grafeno pode gerar energia. Trabalhos anteriores mostraram que a ondulação e a flexão de materiais são capazes disso.
Agora, eles extraíam energia do movimento térmico do grafeno à temperatura ambiente. Além disso, eles foram capazes de tirar proveito das ondulações nanométricas. De acordo com os físicos, no futuro a invenção poderá ser aplicada a pequenos dispositivos Paul Thibadoda Universidade de Arkansas.
“Um circuito de coleta de energia à base de grafeno pode ser montado em um chip para fornecer energia limpa, ilimitada e de baixa voltagem para pequenos dispositivos ou sensores.” – Paul Thibado
A equipe agora quer descobrir se os capacitores podem armazenar energia associada à corrente contínua (DC). É amplamente esperado que a nova invenção substitua as baterias atuais por energia limpa e virtualmente ilimitada. Isso poderia ser feito se milhões desses circuitos pudessem ser construídos dentro do chip.
Física impossível?
O grafeno é uma das formas cristalinas de carbono, como diamante e grafite; é extremamente fino e tem uma grande capacidade de condução.
No entanto, a ideia de criar energia a partir do grafeno é controversa porque é o oposto Richard Feynman, um dos maiores físicos do século passado. Segundo ele, o movimento térmico dos átomos – conhecido como Movimento de Brown – não conseguiu gerar energia. Mas descobertas recentes de uma equipe de físicos americanos mostram que o movimento térmico do grafeno induz corrente alternada (CA).
“A origem dessas ondas nanométricas ainda está aberta. ”- Equipe da Universidade de Arkansas
No passado, os físicos até negaram a ideia de um único diodo permitiria a coleta de energia do grafeno. Físico Léon Brillouin, já na década de 50, publicou um artigo mostrando que isso não seria possível.
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Mas é exatamente por isso que a equipe usou dois diodos em seu circuito. Com diodos opostos, eles permitiram que a corrente fluísse em ambos os lados. Assim, os diodos fornecem caminhos separados através do circuito, produzindo CC pulsante.]
Um sistema desenvolvido por cientistas
Para fazer o sistema, os cientistas usaram dois diodos em um circuito para converter a corrente alternada original em corrente contínua. Isso permite que a corrente flua em duas direções em um círculo, em caminhos separados.
Assim, a corrente contínua pulsante pode realizar trabalho em um resistor de carga e, portanto, conectar pequenos dispositivos eletrônicos. Além disso, um projeto de sistema de dois diodos também pode aumentar a quantidade de energia entregue, de acordo com os físicos Pradeep Kumar, um dos autores da pesquisa.
“Para testar este aumento de energia, contamos com o campo da termodinâmica estocástica e estendemos a teoria de Nyquist” – Pradeep Kumar.
Os físicos também descobriram que o movimento do grafeno induz uma corrente de baixa frequência, o que é muito importante na eletrônica porque funciona com mais eficiência nessa região.
A pesquisa foi publicada em Exame físico E.