ANA ESTELA DE SOUSA PINTO
BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) – No ano da pandemia Covid-19, o mundo passou por outras 60 emergências de saúde, incluindo grandes epidemias de chikungunya, febre amarela e sarampo, anunciou a Organização Mundial da Saúde neste domingo (8). . Os sete foram considerados o grau 3 mais grave, de acordo com o balanço do site da organização.
De acordo com a organização, os dados anuais de mortalidade por sarampo em 2019 – a serem divulgados na próxima semana – mostrarão um forte impacto negativo da maioria das novas infecções em mais de duas décadas, e a situação este ano pode ser ainda pior.
Os países afetados por doenças diferentes da Covid-19 incluem México, Chade, Gabão e Togo. Os impactos na saúde internacional também foram causados por enchentes no Sudão, tempestades nas Filipinas e no Vietnã, uma explosão em Beirute e um incêndio em um campo de refugiados na Grécia.
Na sexta-feira (6), a OMS e o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) lançaram um apelo urgente para tentar prevenir grandes epidemias de sarampo e poliomielite. As entidades afirmam que a pandemia Covid-19 continua afetando os serviços de vacinação, “deixando milhões de crianças vulneráveis em risco de doenças infantis evitáveis”.
O renascimento global do sarampo, com surto contínuo em todas as partes do mundo nos últimos anos, provavelmente será exacerbado por lacunas ainda maiores na cobertura de vacinação em 2020, dizem as entidades.
Ao mesmo tempo, espera-se que a transmissão do poliovírus aumente no Paquistão e no Afeganistão, bem como em muitas áreas subimunizadas da África. O fracasso na erradicação da poliomielite levaria agora a um ressurgimento global da doença, resultando em até 200.000 novos casos por ano em 10 anos, dizem as entidades.
Uma das emergências de saúde mais complexas enfrentada pela OMS foi a ocorrência conjunta da maior epidemia de sarampo de todos os tempos na República Democrática do Congo e a segunda maior epidemia do vírus Ebola.
A organização disse que, após 18 meses de combates, o surto de Ebola foi controlado no leste do país. O último surto na região oeste ainda está ativo.