A Comissão de Direito Homoafetivo e Sexual da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Santa Catarina solicitou ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) que tomasse medidas em relação ao promotor Henrique Limongi, que trabalha na 13ª Promotoria de Florianópolis.
Segundo a presidente da Comissão Margareth Hernandes, Limongi somente no ano passado, tentou impedir 46 uniões entre pessoas do mesmo sexo.
No documento, a Ordem procura remover o promotor da posição, por remoção ou aposentadoria forçada. Ele enviou uma solicitação à OAB / SC em março e ainda não a conduziu CNMP.
Nos casos de apelação, como os de Henrique Limongi, o caso vai a tribunal e o casal deve contratar um advogado para garantir o direito de se casar. A eficácia dos promotores, portanto, pode dificultar e atrasar o sindicato – que Margareth Hernandes entende como “homofobia institucional”.
Hernandes explica que em 2013, a OAB / SC levou a Procuradoria do Estado ao Ministério da Justiça contra Limongi pelo mesmo motivo, mas o MP negou a solicitação, alegando que ele, como promotor, teria “independência funcional”.
O Presidente da Comissão, contudo, recorda que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é garantido pela decisão STF (Supremo Tribunal Federal) e uma resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). “A independência funcional não pode estar de acordo com a Constituição ou a decisão do Supremo Tribunal”, defende.