O ministro Bruno Dantas, do TCU (Tribunal de Contas da União), concedeu ao Banco do Brasil 48 horas para provar que cumpriu a ordem da autoridade de suspender imediatamente toda a publicidade em sites e blogs acusados de divulgar notícias falsas.
O TCU recebeu informações de que a instituição não estava aderindo à decisão tomada pelo tribunal em plenário, de que a transferência de recursos para os locais deveria ser suspensa.
O banco cortou anúncios feitos em sites como o Jornal da Cidade Online, de acordo com as opiniões do governo de Jair Bolsonar, e já foi condenado por divulgar notícias que não serão verdadeiras.
Quando a iniciativa foi divulgada, o vereador Caros Bolsonaro, filho do Presidente da República, reclamou da censura ao que chama de imprensa livre e independente.
O chefe da Secoma (Secretaria de Comunicações), Fabio Weingarten, anunciou no Twitter que já havia “contornado” a situação – e a publicidade retornada.
O TCU considerou a interferência inadequada, uma vez que a União é acionista do Banco do Brasil e não pode ser imposta, tendo outros parceiros, uma política de publicidade que atenda a seus próprios interesses e não aos da instituição financeira.
Além disso, ele disse que o banco não pode depositar fundos em veículos que espalham notícias falsas.
O Banco do Brasil informa que suspendeu suas publicações no dia 8 deste mês, no dia do recurso.