O ministro Luiz Fux foi confirmado como o próximo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) nas eleições realizadas durante a sessão desta tarde.
Em um discurso após sua eleição, Fux prometeu respeitar “a independência entre autoridades, dentro dos limites da Constituição” e lutar pela democracia. O ministro falou em uma voz sem fôlego enquanto agradecia a Deus pela nomeação.
“Prometo aos meus colegas que lutarei intensamente para manter o Supremo Tribunal Federal no mais alto nível das instituições brasileiras”, disse Fux.
“Eu sempre defenderei os valores morais, os republicanos, a luta pela democracia e respeito a independência entre as forças dentro dos limites da Constituição e da lei”, afirmou o ministro.
A seleção Fux, originalmente prevista para agosto, foi divulgada hoje. O motivo foi facilitar o processo de transição em meio a uma nova pandemia coronavírus, segundo um consultor do atual presidente do tribunal, ministro Dias Toffoli.
Inax in Fux está programado para 10 de setembro, para um mandato de dois anos perante o tribunal.
Tradicionalmente, o ministro com mais tempo no tribunal que ainda não assumiu esse cargo é eleito presidente do STF. Como vice, o segundo nesta linha de sucessão informal foi eleito.
Fux foi eleito com 10 votos. A votação é secreta e é conduzida por um sistema eletrônico desenvolvido pelo STF, pois as sessões plenárias são realizadas por videoconferência.
A ministra Rosa Weber também foi eleita hoje como a próxima vice-presidente do STF, que agora é função do Fux. Espera-se que Weber suceda a Fux como presidente da Suprema Corte em setembro de 2022.
Fux assumiu o cargo de ministro do STF em 2011. Antes de atuar no Supremo Tribunal Federal, Fux era Ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), juiz e juiz do Tribunal de Justiça da União Europeia do Rio de Janeiro.
Tensão entre forças
O ministro assumirá o comando do STF devido às crescentes tensões com o governo do presidente Jair Bolsonar (sem o partido). A Suprema Corte tornou-se alvo de críticas de bolsonares e das próprias queixas do presidente sobre decisões judiciais.
Fux integrou uma maioria de 10 votos no STF, que aprovou a chamada investigação de notícias falsas, tendo como alvo os aliados de Bolsonar sob suspeita de fazer parte de uma rede para espalhar notícias falsas contra ministros e ameaçar o tribunal.
Nesta manhã, na cerimônia, juntamente com o ministro Dias Toffoli, Bolsonaro reduziu o tom de seus apelos ao Supremo Tribunal Federal e citou a necessidade de “paz” e “serenidade”, segundo ele, “colocando o Brasil em um lugar que todos sabem que chegará”.