O jogo posicional, ou localização, foi novamente objeto de debate no futebol brasileiro, com a contratação de Domènec Torrent, ex-assistente de Pep Guardiola, Flamengo, para suceder Jorge Jesus. Mas a proposta existe desde o ano passado, em Santos, com Jorge Sampaoli – “aluno” de Marcel Biels, outra referência do Guardiola. E isso ecoa nas ações ofensivas do Athletival Paranaense por Dorival Júnior.
Agora no Atlético Mineiro, Sampaoli está trabalhando para colocar suas idéias em prática. A paralisação da pandemia feriu o treinador que acabara de chegar. Mas chegou a hora do clube pedir assinaturas para ajustar as peças às funções definidas no modelo de jogo.
Como lados que funcionam por dentro. Guga e Guilherme Arana já estavam no clube. Fábio Santos é um veterano que usa Sampaoli mais como defensor ou atrasado. Mariano, 34 anos, chega do Galatasaray para ser outra opção à direita, ao lado de Maílton, em uma proposta de ter uma equipe forte para competir no Brasil com mais chances contra o flamengo Flamengo.
Os alas atuam de forma mais centralizada na proposta de distribuição racional do espaço no campo. Se o atacante Savarino e Keno, com Otero e o jovem Marquinhos como substitutos, estão bem abertos e é hora dos meio-campistas Nathan e Hyoran procurarem lacunas entre a defesa adversária e o meio-campo, para se aproximar de Marronya, uma referência móvel na frente, os lados devem preencher as lacunas. meio. Mesmo assim, para não “empurrar” os topos dos corredores.
Essas jogadas de Guga e Arana também ajudam o meia defensivo Allan, que está se retirando para sair do trio, ou “lavolpiana”, com Réver e Júnior Alonso, que o zagueiro paraguaio, técnico argentino, indicou ser mais rápido na recuperação e na cobertura. Necessidade na proposta de ser o protagonista. Se Allan vai ocupar o meio-campo, um dos laterais, Guga mais que Arana, se retira para continuar a formar três pontos na frente do goleiro Rafael.
No resultado de 2-1 sobre a América para as meias-finais do Mineira, Sampaoli optou por Jaira no meio do campo e Hyoran permaneceu no banco. O setor ficou lotado e Nathan teve ainda mais liberdade para se juntar ao Marrony. Jair e Nathan foram os goleadores que construíram a primeira meia mesa com domínio absoluto, alcançando 98% de posse de bola.
Volume, pressão após perda e quadril, principalmente com Keno à esquerda e outras opções além dos alvos. Acima de tudo, fica a impressão de que o “rascunho” está sendo adotado e os jogadores estão assimilando novos conceitos, embora a resposta seja menos rápida do que em Santos – natural, devido ao contexto da pandemia e à composição renovada.
Também é normal que a equipe precise de ajustes. O problema inicial da permanência “errada” à direita parece ter sido resolvido insistindo nas passagens que procuravam Savarino resolvidas pela chegada de Keno e mais da personalidade de Marquinhos quando ele entra. Mas no segundo tempo o Atlético reduziu a intensidade e perdeu o controle do jogo. A proposta requer concentração e vigor por 90 minutos ou menos.
Se ele desaparecer, a equipe ficará afastada e expõe os defensores demais – esse é o “cobertor curto” do jogo posicional. A reação dos Estados Unidos liderada por Lisca no Mineirão aconteceu exatamente quando ele encontrou espaço para se retirar da pressão e chegar com mais jogadores no ataque. Foi assim que o gol de Ademir chegou e os convidados criaram uma segunda chance nos primeiros quinze minutos do segundo tempo.
A presença de Jair, uma participação teoricamente mais ativa sem a bola, também não a tornou mais firme. Prova de que o problema é coletivo, não características do jogador. Por isso, melhora ao inserir Hyoran na seção final, restaurando o gás e ajudando Nathan na reunião. Cinco substituições ajudaram Sampaoli a correr menos riscos. Ele retornou o domínio com essas alterações.
Mas, novamente, outro problema estava presente: o pequeno impacto do ataque. Ou não está de acordo com o volume do jogo. Já que Nathan está marcando gols, já existem três em tantos jogos. Mas Savarino, Marrony e Keno não são tão eficazes na final. O jovem contratado pelo Vasco na verdade perdeu um gol marcado no segundo tempo. Em Santos, Marinho, Sasha, Soteldo e até Jean Mota tiveram mais “socos” para refletir superioridade na mesa.
Não é por acaso que o conselho está à procura de um bom finalizador, mas a resposta do mercado sempre foi a mesma: “os objetivos são caros”. E havia muitas assinaturas para o período de crise no país, uma moeda enfraquecida e um clube sem contas equilibradas. Por enquanto, Sampaoli trabalhará no que ele tem e tentará melhorar seu desempenho.
A saída da bola também precisa ser afinada, e o Réver parece deslocado, perdendo passes e pedindo ligações diretas quando pressionado. Contra equipes mais fortes que marcam a tendência com antecedência, isso representa um problema sério. Allan não pode ser “descomplicado” o tempo todo.
Para Mineiro, parece suficiente, e o Atlético é o favorito para voltar contra o Améric na Independência e uma provável final contra o Tombense ou o Caldense. Mas a missão de luta pelo título no Brasil ainda exige muito trabalho. O jogo da posição do galo é promissor. A jornada, no entanto, parece longa e árdua em direção ao objetivo final de acabar com a velocidade, quase meio século.