Buenos Aires, 20 de julho de 2020 (AFP) – Cientistas da Argentina e do Equador introduziram uma nova espécie de coruja gigante que viveu na América do Sul há 40.000 anos, informou nesta segunda-feira a agência de divulgação científica da Universidade de La Matanza (20).
É uma espécie com cerca de 70 centímetros de altura e 1,5 metro de largura, cujos fósseis foram encontrados em uma caverna na província de Chimborazo, no centro do Equador, a 2.800 metros acima do nível do mar, na chamada Quebrada Chalán.
“Uma de suas características é que ele obviamente tinha uma propensão a consumir outras corujas menores”, explicou o paleontólogo argentino Federico Agnolin, um dos autores do estudo publicado na revista científica Journal of Ornithology.
Os fósseis foram encontrados em pesquisa realizada entre 2009 e 2012 pelo Departamento de Biologia da Escola Politécnica Nacional de Quito.
A nova espécie, chamada Asio ecuadoriensis, “consumiu especialmente outras espécies de corujas, o que mostra que essa coruja gigante era praticamente o que pode ser chamado de canibal”, disse Agnolin, pesquisador do Conice, o maior centro de pesquisa do estado. pesquisa científica na Argentina.
Os cientistas ainda não sabem por que ele desapareceu, mas eles o vinculam a dificuldades de adaptação devido às mudanças climáticas.
“Acreditamos que a mudança climática que ocorreu há cerca de 10.000 anos, quando a era do gelo terminou, é responsável por parte da extinção de grandes mamíferos, também responsável pela extinção dessas grandes aves de rapina, das quais existem atualmente poucas espécies, como as de grandes águias. a floresta e o condor andino ”, concluiu Agnolin.
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