O fim da rede fixa? Brasileiros preferem celulares pós-pagos

Menos e menos brasileiros empregam e usam telefones fixos. Uma pesquisa recente do site Best Plan constatou que 4,1 milhões de linhas desse tipo foram canceladas em 12 meses no país. Isso corresponde a uma queda de cerca de 11% no número total de linhas telefônicas fixas no Brasil durante o período.

A fonte de dados é Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Em maio deste ano, o número total de linhas no país era de 31,7 milhões, comparado a 35,8 milhões em maio de 2019. No mesmo período, as linhas móveis variaram de 228,6 a 225,3 milhões – houve queda, mas apenas 1,4%.

As linhas móveis aumentaram significativamente na última década, de 202 milhões no início da década para 228,6 milhões (um aumento de 13,1%), mostram os dados de maio da Anatelo.

O número de telefones fixos permaneceu estável durante esse período, mas diminuiu nos últimos anos. No final de 2010, a assinatura era de 42,1 milhões, em dezembro de 2014 atingiu 44 milhões e em maio deste ano 31,7 milhões. Portanto, houve uma queda de 24,7% em quase dez anos.

Uma das razões é o amadurecimento do mercado, juntamente com mudanças nos hábitos de consumo. Por exemplo, comportamento abusivo é ter vários chips pré-pago operadoras diferentes ao mesmo tempo para aproveitar promoções ou chamadas mais baratas, dependendo da operadora na qual a chamada foi recebida.

“Saímos do telefone fixo em 2016 por vários motivos, mas o principal é a mobilidade, porque só o usamos quando estávamos em casa. No final, pagamos uma média de US $ 50 por mês para não usar o serviço”, explica a analista de recursos humanos Gabriela. Nakamura.

Outro ponto apontado por Nakamura foi o número de chamadas de telemarketing recebidas no telefone fixo. “Nós não temos uma rede fixa. Temos três pessoas morando aqui em casa, temos telefones celulares assinados e pós-pagos e tudo funciona bem. Além disso, hoje as operadoras têm pacotes de chamadas que reembolsam, então não vejo motivo para tê-los. Fixo. Não quero nem é de graça “, diz ele.

Ainda há resistência

Embora essa participação seja uma tendência, o declínio das linhas fixas é muito mais calmo do que o crescimento das linhas móveis. Uma razão para isso, segundo analistas da Melhor Plano, é o fato de a telefonia fixa ainda ser um serviço tradicional e ser amplamente utilizado pelas empresas.

“O declínio poderia ter sido muito maior se não fosse o incentivo das operadoras nos planos habitacionais combinados, que são atraentes nos primeiros meses. Na cidade de São Paulo, foi observado um desconto de até 50% em uma taxa mensal fixa quando contratado em um pacote combinado”, diz o co-fundador da Best Plan Pedro Israel.

Também existem pessoas que mantêm uma linha física por hábito ou força maior. É o caso da família da chef Bianca Elascar Barros. “Ainda temos um telefone fixo em casa, porque é a única maneira de nos comunicarmos com minha avó quando saímos, porque ela não sabe como usar um telefone celular”, explica ele.

Além disso, a família já pensou em desistir do telefone fixo, pois o celular é mais conveniente para o contato com as pessoas, além de ser mais econômico.

“Para piorar a situação, usamos essa linha ainda menos com essa pandemia. No final, ela é usada apenas quando há uma ligação de telemarketing ou para quem coleta ligações por engano”, diz ele.

Pós altos, baixos antes

Outra tendência confirmada pela melhor pesquisa de plano é o declínio nas linhas pré-pagas, enquanto o número de linhas de assinantes se moveu na direção oposta.

Entre março de 2015 e abril de 2020, a Anatel registrou uma queda de 46,65% nas linhas ativas de assinantes – de 213 milhões de linhas em março de 2015 para 114 milhões em abril deste ano.

Enquanto isso, os assinantes de planos pós-pagos – incluindo o modo “controle” – cresceram constantemente, passando de 70 milhões em 2015 para 49,2 milhões em maio deste ano – uma queda de 29,7% nesse períodoAtualmente, as contas pré-pagas ainda são uma pequena maioria: 50,71% do número total de linhas no Brasil, contra 49,29% das linhas pagas posteriormente.

“Entre as razões pelas quais os consumidores mudam dos planos de pré-lançamento está a melhor relação custo-benefício e o aumento do uso da Internet móvel entre a população. Para quem costuma usar redes sociais, assistir a vídeos e jogar online, publique planos – pagamentos e controles tendem a ser mais acessíveis porque eles oferecem uma franquia de dados maior ”, diz Israel.

Um dos maiores assinantes de assinatura é o custo-benefício dos pacotes de dados. Para demonstrar isso, o Best Plan analisou o custo por gigabyte de três planos para cada uma das quatro principais operadoras móveis brasileiras: Vivo, TIM, Claro e Oi.

No caso de planos subsequentes, o custo médio por GB foi de US $ 4,94; no modo de gestão, R $ 7,56; e pré-pago, US $ 8.

“As renovações mensais assinadas oferecem uma boa relação custo / benefício, mas não oferecem uma taxa alta por dados por mês, e o consumidor deve ter créditos no momento da renovação automática. Se o usuário esquecer de recarregar seus créditos, seus serviços serão suspensos até conseguir renovar o plano”, afirmou Israel. .

Outro problema aqui é o preço de recarga para quem consome toda a franquia de dados. A pesquisa do Best Plan considerou 12 pacotes de recarga – três em cada um dos quatro operadores, variando da opção mais econômica à mais abrangente. O preço médio por GB para todos esses pacotes foi de US $ 31,70.

“As desvantagens do pré-pago são visíveis porque o consumidor utiliza continuamente a Internet móvel. O preço por GB de recarga nas principais operadoras é até cinco vezes mais caro que o preço por GB nos planos mensais. No final, pode ser muito desfavorável para os bolsos dos usuários”, conclui Israel.

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