O dólar comercial mudou hoje (12) pela terceira alta consecutiva, em 2,14%, e fechou novamente acima de R $ 5, pela primeira vez desde quinta-feira da semana passada, que foi colocada à venda por US $ 5.045. A moeda subiu 1,16% durante a semana, após três quedas consecutivas por semana. Durante o ano, o dólar acumulou crescimento de 25,73%.
O Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, recuou 2,02%, para 92.774,69 pontos. Foi a terceira sessão seguida de uma retirada. Como resultado, o índice acumulou queda de 1,97% por semana, após um aumento de três semanas. Durante o ano, o mercado de ações caiu 19,78%.
O valor do dólar publicado diariamente pela imprensa, incluindo Twitter, refere-se ao dólar comercial. Para quem viaja e precisa comprar moeda de intermediários de câmbio, o valor é muito maior.
Eva turbulenta
Ontem, o mercado de dólares e o mercado de ações não funcionaram no Brasil, devido ao fechamento do Corpus Christi. No exterior, foi uma turbulenta quinta-feira, quando os investidores reagiram ao medo de uma nova onda coronavírus e digerir as difíceis previsões econômicas do Fed (Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos).
A quinta-feira terminou com uma queda de mais de 5% nos três principais índices de ações dos EUA, a pior porcentagem desde 16 de março, quando os mercados caíram devido a medidas de emergência para conter a pandemia.
O dólar negociou sua segunda alta, 1,05%, na quarta-feira (10), vendendo a US $ 4,94, e o mercado de ações caiu 2,13%.
Projeções negativas do Federal Reserve dos EUA
Segundo analistas, a queda do mercado de ações hoje reflete a aversão ao risco tomada pelos mercados globais no dia anterior. Em outras palavras, os investidores deixam ativos considerados mais arriscados, como ações, e buscam investimentos mais seguros.
Ontem, o Federal Reserve dos EUA sinalizou que a economia americana ainda tem um longo caminho a percorrer e que trabalhará por anos para fornecer apoio extraordinário ao país.
O Fed projetou uma queda de 6,5% no PIB (produto interno bruto) e uma taxa de desemprego de 9,3% até o final de 2020 para este ano.
“Ontem, os mercados globais despencaram devido a sinalizações e informações mais cautelosas do Fed de que a doença (covid-19) ganhou impulso em regiões dos Estados Unidos que começaram a reverter medidas de distância social”, escreveram os analistas Bradesco em nota.
Em relação ao dólar, Jefferson Rugik, da Correparti Corretora, citado na nota “movimento de compensação”, com participantes do mercado indo ao movimento para reconstruir posições defensivas. Segundo ele, “a única certeza que resta é que a volatilidade da rainha retorne a uma forte presença em nosso mercado de câmbio”.
* Da Reuters