Fumar desempenha um papel importante no agravamento da pandemia Covid-19, pois os fumantes são mais suscetíveis à infecção pelo novo coronavírus. Por isso, o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) escolheu o tema do Dia Nacional do Combate ao Tabaco deste ano (29 de agosto) como tema tabagismo e coronavírus.
Psicólogo e representante do departamento de controle do tabagismo do Inca, Vera Borges, destacou que a pesquisa mostra a contribuição do tabagismo para casos de hipertensão, diabetes e doenças cardíacas, doença pulmonar obstrutiva crônica, acidente vascular cerebral e câncer de pulmão. “Tudo está piorando em um momento em que o mundo está enfrentando uma pandemia de Covid-19”, alertou.
Segundo ela, a questão do tabagismo no Brasil não se limita à saúde e é necessária a parceria de outros ministérios. Além disso, medidas legislativas e econômicas são fundamentais para o controle do tabagismo.
O tabagismo – fator de risco para a transmissão do vírus e para o desenvolvimento das formas mais graves da doença 19 – também é considerado uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A epidemia global do tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano devido às doenças crônicas não transmissíveis associadas ao seu uso, das quais cerca de 1,2 milhão ocorrem em não fumantes que morrem justamente de doenças associadas ao fumo passivo”, explicou o CEO do Inca. Ana Cristina Pinho.
“Quase 80%, mais de um bilhão de fumantes em todo o mundo, vivem em países ao redor do mundo rendas baixa e média, onde o peso das doenças e mortes relacionadas ao tabaco é ainda maior ”, acrescentou ele durante seminário virtual promovido hoje pelo instituto.
Colaboração: Agência Brasil