O Evangelho de Mateus nos diz que é um nascimento Jesus revelou aos magos um Estrela, que os levou a Belém, Palestina. Desde então, muitos astrônomos tentaram explicar o fenômeno celestial que poderia ter criado a Estrela de Belém. Eventos como conjunção planetária, surgimento de cometas e supernovas foram propostos, mas sem nenhuma conclusão convincente. Em 21 de dezembro, vamos testemunhar a conjunção planetária histórica entre Júpiter e Saturno, que será o mais próximo da aproximação do século 13. Os dois planetas não serão capazes de distinguir a olho nu, fundindo-se em uma estrela brilhante. Talvez este sinal luminoso no céu seja um prenúncio de dias melhores após um difícil 2020. Feliz Ano Novo!
CALENDÁRIO CELESTE
DIA 14
Poeira de asteróide
Todos os anos a Terra passa por uma área do espaço contaminada pelos destroços que deixou asteróide 3200 Phateon, causando uma chuva de meteoros Geminídeos. É a melhor oportunidade para observação meteoros no Brasil. Os meteoros aparecem no norte durante a noite, de acordo com a constelação de Gêmeos.
DIA14
Na sombra da lua
No início da tarde, a Lua e o Sol se alinham perfeitamente no último ofuscar anos. Do Brasil, o fenômeno será parcialmente visível nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No Rio Grande do Sul, a ocultação chegará a 60%. A totalidade será visível na estreita faixa que atravessa Chile e Argentina. AVISO: nunca olhe diretamente para o sol!
DIA 21
O verão chegou
Às 07h02, o Sol atinge a posição mais meridional da esfera celeste e começa seu lento retorno ao norte. É o solstício verão, que marca o início do verão no hemisfério sul e do inverno no hemisfério norte. Aproveite este que será o dia mais longo do ano!
DIA 21
Um encontro de gigantes
Durante o mês de dezembro, seremos capazes de seguir uma abordagem lenta entre Júpiter e Saturno, as duas estrelas mais brilhantes visíveis no oeste no início da noite. O clímax ocorre no dia 21, com uma conjunção sem precedentes em História recentemente. O telescópio será capaz de avaliar os dois planetas e seus numerosos satélites no mesmo campo que a ocular. Uma cena para lembrar que não deve ser perdida.
* Gustavo Rojas (@gurojas) é físico da Universidade Federal de São Carlos. Esta coluna é certificada pelo selo de qualidade da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB).