O artista brasileiro Jaitre Espel é uma das principais figuras da tribo contemporânea Arte, O homem de 41 anos foi encontrado morto em sua casa em São Paulo, informaram as autoridades nesta quarta-feira.
As autoridades não disseram o que matou Espel, membro do grupo internacionalmente renomado de nativos Macuxi do Nordeste brasileiro, por seus trabalhos politicamente carregados sobre mudança climática, questões tribais e a destruição da floresta amazônica.
Espel, que ganhou o prestigioso Prêmio PIPA de Artes Visuais no Brasil em 2016, recentemente vendeu duas obras para o prestigioso Centro Pompidou de Paris.
Atualmente, suas obras têm destaque na São Paulo Financier Art of Contemporary Art, que apresenta duas esculturas infláveis e multicoloridas em formato de cobra que dão as boas-vindas aos visitantes da mostra.
“Com clareza e generosidade, ele se tornou uma das principais vozes dos artistas tribais, construindo pontes e trocando conhecimentos com o circuito institucional do mundo da arte contemporânea”, afirmaram os organizadores da exposição em nota.
Sua morte, descoberta na terça-feira, foi “completamente inesperada, especialmente considerando sua posição como um catalisador de sua atitude e energia”, disse o supervisor da Expo, Francesco Stochi.
Espell cresceu na reserva tribal Rabosa Serra do Sol, no estado de Roraima, no norte do país.
Escritor e artista plástico, mudou-se para a capital Bela Vista aos 18 anos, trabalhando dias no uso da energia elétrica e noites em biblioteca até que sua carreira artística voou.
“Meu melhor trabalho é a política, não aqueles mapas coloridos ou a cobra no lago; são elementos que atraem a atenção e acendem o debate sobre questões como o aquecimento global e a urgência ambiental”, disse Espel à AFP no mês passado.
“Este é um momento importante porque todos estão lutando, mas ninguém está lutando pela emergência ambiental”.
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Esta história foi publicada a partir do feed da Agência de Arames sem qualquer alteração no texto. Apenas o título mudou.