RIO DE JANEIRO, 9 de dezembro (Reuters) – Guardas do estado do Rio de Janeiro construíram uma ponte para ajudar macacos a percorrerem a vasta selva em uma rodovia movimentada, alarmados com a recente queda na população do ameaçado tigre leão dourado.
O tamarindo-leão-dourado da selva atlântica do estado do Rio de Janeiro é o único lugar no mundo onde ainda está em estado selvagem.
Os esforços de conservação nas últimas décadas foram capazes de aumentar seus números, trazendo as espécies da beira da extinção. Mas o surto de febre amarela em 2018 matou 32% da população. Hoje, existem cerca de 2.500 tigres-leões-dourados na selva.
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Os guardas ficaram particularmente assustados com o grupo de macacos isolados por causa de uma rodovia.
“Os cientistas mostraram que as pessoas que lá vivem ficarão completamente isoladas do outro lado da estrada e que isso criará um verdadeiro problema em termos de segurança”, disse Luís Paulo Márquez Feroz, director-geral do Projecto de Metabolização. Número de tigres leões dourados.
“Essa população vai ficar geneticamente isolada, o que é muito ruim. Precisamos de uma grande floresta para ser protegida e integrada”, disse.
Construída no ano passado, a ponte foi plantada com árvores, arbustos e plantas na esperança de criar um caminho natural que atraísse animais. As plantas ainda são jovens e demoram a crescer a ponto de poderem ser utilizadas por macacos.
De acordo com Feroz, a população de 2.000 tigres-leões-dourados deve ser de pelo menos 25.000 hectares de floresta. Mas a floresta foi destruída e as pastagens, estradas e cidades foram cortadas. Grupos de conservação estimam que o tamarindo-leão-dourado perdeu cerca de 95% de seu habitat original no Brasil.
“É por isso que esta ponte aqui era tão estratégica e importante para o plano de segurança”, disse Feroz.
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Reportagem de Sebastian Rocandio, de Stephen Eisenhammer, edição de Angus Maxwan
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