O fechamento de 31 agências faz parte do plano de redimensionamento do banco.
O Banco Montepio prepara-se para inaugurar a primeira vaga de despedimentos pós-covid-19 na banca portuguesa. O banco já havia anunciado em junho que iria redimensionar sua rede e fechar 31 agências em todo o país.
Este plano vai implicar despedimentos na banca da Associação Mutualista Montepio Geral, informou Eco. Procurado, o Montepio recusou-se a dar detalhes sobre o processo de despedimento que vai implementar.
De acordo com o site de notícias econômicas Eco, o banco vai demitir 800 trabalhadores. O Montepio não confirma nem desmente a notícia.
Em junho, o banco tinha anunciado que o Montepio tinha decidido encerrar 31 agências bancárias no âmbito de uma estratégia que passa pelo reforço da prestação de serviços digitais.
“O Banco Montepio vai acelerar a transição digital, para um novo paradigma de relacionamento, ajustando-se aos desafios de um novo contexto, com os objetivos de acelerar a transição digital, ajustando o modelo de serviço e aumentando a eficiência”, afirmou o Montepio na ocasião.
Indicou ainda que pretende “implementar novos conceitos e novas formas de trabalhar que valorizem a colaboração e a flexibilidade, promovendo um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional”. O Banco Montepio registou perdas de 51,3 milhões de euros no primeiro semestre, que comparam com resultados de 3,6 milhões de euros no período homólogo de 2019, referiu a instituição.
O banco justifica as perdas ocorridas entre Janeiro e Junho com as imparidades que constituiu (109,4 milhões de euros) para fazer face às perdas de crédito decorrentes da crise pandémica.
Segundo Eco, o banco foi obrigado a estender o plano de adequação da rede. O banco deve cortar 800 empregos, informou o site, citando várias fontes. Ele lembrou que cerca de 3.560 trabalhadores trabalhavam no banco no final de junho. Se a redução do quadro de 800 funcionários for efetivada, chegará a 20% do quadro liderado por Pedro Leitão.
Os bancos sofreram pesadas perdas devido aos impactos da crise econômica gerada pelas medidas adotadas pelo governo no contexto da nova epidemia de coronavírus. Menos concessão de crédito e menos receita colocaram os bancos na corda bamba. Eles também tiveram que reservar dinheiro (prejuízos) para fazer frente às perdas resultantes da crise.
Por enquanto, as atuais moratórias de crédito frearam o aumento da inadimplência, mas em 2022 o setor espera um aumento da inadimplência à medida que o desemprego aumenta e mais empresas fecham as portas.