Ana Mendes Godinho afirmou que há menos incidência do novo coronavírus em asilos e que “o tamanho dos surtos não é muito grande em proporção”. O ministro ainda não leu o relatório sobre o surto em Reguengos de Monsaraz.
O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social falou sobre o surto da doença covid-19 em lares portugueses, com destaque para o surto ocorrido numa casa de Reguengos de Monsaraz, onde morreram 18 pessoas. Em entrevista ao semanário “Expresso”, a ministra revela que não leu o relatório da Ordem dos Médicos sobre a instituição. “Não li pessoalmente, mas a Ordem me enviou o relatório e já pedi que analisassem. De qualquer forma, tenho as fontes institucionais de informação de todas as entidades que acompanham o assunto, nomeadamente da Segurança Social ”, afirma.
Sobre o que deu errado, Ana Mendes Godinho não comenta nem aponta responsabilidades, diz que quer primeiro aguardar a conclusão da investigação do Ministério Público. “Minha preocupação não foi determinar as responsabilidades dos surtos”, disse ele. Em Reguengos de Monsaraz, a falta de recursos humanos é um dos motivos inicialmente apontados pelo governante: “A grande dificuldade foi encontrar trabalhadores quando muitos adoeceram”.
Quando questionada se o “pior da pandemia” já passou nos lares portugueses, Ana Mendes Godinho afirma que “3% do total de agregados familiares” e “0,5% das pessoas internadas em lares (…) são afectadas pela doença” . Uma frase que leva à seguinte conclusão: “O tamanho dos surtos não é muito grande em termos de proporção.”