“Para nós é uma situação muito preocupante. Se não parássemos e conseguíssemos ficar fora desse processo [covid] os IPOs [Instituto Português de Oncologia] – embora com alguma diminuição – nossa preocupação na área de oncologia vai justamente para o rastreamento do câncer de mama, câncer de colo de útero e câncer colorretal ”, disse Lacerda Sales.
Falando à margem da conferência “Valorizar e Reforçar os Serviços de Saúde na Região de Leiria”, organizada pelo Grupo Económico e Social da Região de Leiria, no Mosteiro da Batalha, o Secretário de Estado garantiu que o Governo está a “acelerar e fazer a reprogramação de todas essas projeções em todas as regiões do país ”.
Na conferência, o ministro sublinhou que no período outono / inverno haverá “dois grandes desafios”: criar um circuito para doentes respiratórios, de forma a “dividir bem” os utentes que podem ser cobiçosos e não cobiçados e “retomar existenciais atividade. programada ”.
“Não somos reféns do covid-19 ″, garantiu António Lacerda Sales, referindo-se à“ preocupação ”com a“ pressão sobre os cuidados de saúde ”em diagnósticos não covid-19. Por este motivo, foi realizado um “reforço de recursos humanos”.
No entanto, ele admitiu que houve “mais facilidade para retomar a atividade nos hospitais” e “maior dificuldade” para reativar a atividade na atenção básica.
“Um dos motivos é que é impossível criar circuitos de segurança em algumas extensões de saúde. Primeiro, temos que criar as condições. Mas houve uma recuperação na atividade existencial da ACeS [Agrupamentos de Centros de Saúde] e hospitais ”, reforçou.
O secretário de Estado também se mostrou confiante na resposta do Serviço Nacional de Saúde aos cuidados intensivos.
“No início da pandemia, tínhamos 1.142 fãs. A preocupação era dobrar essa capacidade. Como a torcida não trabalha sozinha, reforçamos a estrutura de recursos humanos e essa foi uma das maiores conquistas. ”
Lacerda Sales relatou ainda que, nos últimos seis meses, apenas 18% a 19% dos leitos utilizados na terapia intensiva são pacientes cobiçosos e os usuários não cobertos nesta área não ultrapassaram 63%, o que “deu alguma tranquilidade”.
O responsável destacou a “elasticidade” das hospitalizações, que permite, “a qualquer momento”, criar um circuito cobiçado ou não cobiçado, de acordo com as necessidades.
Portugal é responsável por pelo menos 1.931 mortes associadas ao covid-19 em 71.156 casos confirmados de infecção, de acordo com o último boletim da Direcção-Geral da Saúde.