Deputado Federal cominho Kataguiri (DEM-SP), um dos líderes MBL (Movimento Brasil Livre), ele disse em entrevista à Viés sim depois que o Facebook assume rede de contas associadas ao grupo, em julho de 2018, o movimento foi ao tribunal e depois recuperou perfis e páginas. Mas o Facebook nega que tenha acontecido.
A declaração de Kataguiri veio quando o relatório pediu aos parlamentares que comentassem a decisão do Facebook de remover as páginas vinculadas ao PSL e ao núcleo nuclear bolchevique, que ocorreram nesta quarta-feira (8). “Não consegui ver todas as páginas, mas, de acordo com o que vi, eram contas falsas, o que é contrário à política da plataforma. Sim, essa foi a atitude correta”, diz ele.
Questionado se o processo seria semelhante ao que aconteceu com a MBL há dois anos, Kataguiri disse que o grupo conseguiu recuperar o conteúdo em tribunal. “Assim que entramos com a ação, o Facebook nos disse que era mal entendido e devolvemos as contas e retiramos a ação “, disse Kataguiri.
Exige que as empresas de tecnologia mantenham recursos dentro da própria plataforma para impedir que casos envolvendo políticas de mídia social cheguem ao judiciário.
“O que estou defendendo é que existe um mecanismo de apelação, mas que você não precisa informar o site primeiro: dependendo do conteúdo, eu defendo que ele possa ser removido do ar em breve. Então, sim, deve haver o direito de apelar, com um período de defesa, etc.” diz.
No entanto, ele perguntou Viés, O Facebook negou a reativação de todas as contas e páginas removidas em julho de 2018. Segundo a empresa, a remoção é “o resultado de uma violação de sua política contra comportamento coordenado não autorizado”, e as páginas e perfis não estão mais ativos.
O relatório investigou alguns perfis e páginas removidos do ar de acordo com seus endereços no momento da ação da rede e provou que todos ficam fora da rede. No entanto, algumas páginas com um nome semelhante foram criadas desde então. Das quatro páginas que foram baixadas e contêm “MBL” no título, hoje existem pelo menos três nos novos endereços: MBL Caraguatatuba, MBL Taubaté e MBL São José dos Campos.
Uma lista completa de páginas do Facebook relacionadas ao movimento removidas em 2018 pode ser acessada em Site do Ministério Público de Goiás.
Após informações obtidas do Facebook, o relatório tentou novo contato com o congressista Kim Kataguiri, mas não recebeu retorno.
Lembre-se dos casos
Em julho de 2018, o Facebook retirou 196 páginas e 87 perfis da MBL que, segundo a empresa, violavam as regras de autenticidade e eram considerados propagadores de notícias falsas.
Na época, a empresa chamou o número de páginas de “uma rede coordenada que ocultava contas falsas do Facebook e ocultava a natureza e a origem de seu conteúdo das pessoas, a fim de criar divisão e espalhar informações erradas”. Fontes que falaram sob condição de anonimato disseram que a rede é administrada pelos principais membros da MBL. o movimento protestou e chamou a medida “censura”.
Dois anos depois, nesta quarta-feira (8), o Facebook desmontou uma rede de 73 contas, 14 páginas e um grupo na rede social e Instagram de funcionários do gabinete do presidente. Jair Bolsonaro (sem partido), o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), além de participar do PSL, partido para o qual o presidente foi eleito.
A remoção ocorreu porque esses sites usaram ações que a plataforma proibiu, como usar contas falsas, enviar spam ou adotar ferramentas artificiais para espalhar a presença na rede. Também na quarta-feira, a empresa demoliu outras redes coordenadas desse tipo nos Estados Unidos, Ucrânia e outros países da América Latina.