Maria O maior medo de Maria Maria Alice Vergueiro foi a morte. Ela disse que em entrevista à revista Serafina, de Folha, 2016, em que ele disse que tinha medo de um “inseto” que comesse sua carne. “Por mais que eles confiem em você ou em você tenha a oportunidade de viver em completa escuridão, fico pensando: de repente, você sentirá falta de ar”, ela disse. “Eu sei que é absurdo pensar sobre isso, porque eu já vou desmoronar.”
A atriz, que morreu de pneumonia na quarta-feira aos 85 anos, vive com Parkinson há mais de 19 anos.
Em 2014, teve que interromper uma sessão da peça “As Três Velhas” quando percebeu que não se lembraria de uma única palavra do texto, assinada pelo chileno Alejandro Jodorowsky.
Esse momento, que ela disse ser uma lembrança horrível, foi a primeira vez que a atriz a viu expressando sinais da doença de Parkinson, apesar de ter sido diagnosticada há muitos anos.
Sobre o sentimento de que eu esqueci o texto no palco, ele disse estar aterrorizado. “Mas ainda tenho a oportunidade de dar uma entrevista como essa. E conversar. E pensar no que estou falando. É um presente.”
O curta de comédia “Tapa na Pantera”, viralizado na Internet quando lançado em 2016 – sem aprovação, depois dirigido por Esmir Filh, Marian Bastos e Rafael Gomes – é outro dos trabalhos que compõem uma extensa lista dos trabalhos de Vergueiro, estrelando uma mulher que por três décadas, ele relata as experiências cômicas do uso da maconha.
A morte de seu pai foi um ponto de virada na carreira do artista. “Procurei essa energia em outras pessoas por um longo tempo, até perceber que a energia estava em mim. Comecei a entender meu pai como um ser humano, não mais como um deus. Nesse momento, fiquei quieto porque percebi o quão interessante não era ser um mito. “, Ele disse Folha em 2016
Cacá Rosset, com quem Maria Alice fundou o grupo Teatro do Ornitorrinco, diz que está “louca”. Um neologismo enigmático, talvez, se refira a algo mais profundo do que a falta de modéstia ou o oposto da castração.