O novo coronavírus matou 57.070 brasileiros desde o início da pandemia, confirmou hoje o Ministério da Saúde. Nas últimas 24 horas, 1.099 mortes foram incluídas no saldo oficial do governo federal. Um total de 1.313.667 brasileiros foram infectados, com 38.693 casos confirmados entre ontem e hoje.
Segundo o mapa, 715.905 (54,5%) desse total de material contaminado já foram curados e 540.692 (42,2%) estão sob investigação.
Liderada por São Paulo (14.263 mortes) e Rio de Janeiro (9.789), a região sudeste concentra o maior número de mortes no total: 25.893, seguida pelo nordeste, que é de 17.959. O Ceará (5.981) é a unidade da federação mais afetada na região.
A internalização de casos covid-19 confirma o crescimento dos índices das regiões Centro-Oeste e Sul nas últimas semanas. Eles têm atualmente um total de 1.486 e 1.402 mortes.
De acordo com a pesquisa Twitter, três em cada dois casos de contaminação já estão ocorrendo nas cidades do interior, o que suscita preocupações entre os especialistas sobre a possível sobrecarga do sistema de saúde nesses municípios, que possuem estruturas menores em comparação à capital.
Pandemia nos estados
Após uma restrição de três meses, uma loja de rua na cidade do Rio de Janeiro abriu suas portas a partir de hoje, das 11h às 17h, sob a aprovação do prefeito Marcel Crivello (Republicanos-RJ). O segundo estado com o maior número de mortes no estado, o Rio agora possui 108.802 diagnósticos.
O Rio é o segundo em número, depois de São Paulo, que foi diagnosticada com 265.581 desde o início da pandemia. Ontem, o governador João Doria (PSDB) anunciou uma nova classificação dos municípios estaduais em relação a medidas restritivas. À medida que a capital se torna parte da fase amarela, as cidades do interior são reclassificadas para vermelho, onde só podem prestar serviços básicos.
O governo dórico está novamente enfrentando confrontos com os municípios: o prefeito de São Roque, Claudio Góes (PSDB), disse que ignorará o anúncio do estado e não adotará medidas mais restritivas na cidade.
Parceria para vacinas
De manhã, o ministério anunciou uma parceria com a empresa farmacêutica britânica AstraZeneca e a Universidade de Oxford, no Reino Unido, para desenvolvimento e produção de vacinas covid-19, No Brasil, a tecnologia será desenvolvida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), uma fundação do Ministério da Saúde.
Se for eficaz, 100 milhões de doses estarão disponíveis para a população brasileira.
Segundo Camile Giaretta Sachetti, diretora de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Dados Estratégicos, os resultados dos testes serão avaliados mês a mês, mas a ideia é que assuntos introdutórios para a terceira fase estejam prontos entre outubro e novembro. em dezembro deste ano e em janeiro de 2022.
Segundo o secretário de Supervisão do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, se não for eficaz, o país continuará se beneficiando, pois terá acesso a insumos que podem ser utilizados na produção nacional de vacinas. “Eles serão capazes de ajudar a produzir outras vacinas em nosso parque tecnológico. Isso é muito importante. Vamos aprender a transferir tecnologia de vacinas que será produzida com eficiência em nossa área. Parte desse dinheiro é apenas para melhorar o parque tecnológico. Biomanguinhos, Laboratório Fiocruz.”
Casos de descarga sem precedentes
Brasil e Estados Unidos, que estão na vanguarda de novos casos coronavírus em todo o mundo, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, afetou o aumento global sem precedentes ontem no número total de pessoas que tiveram um diagnóstico confirmado em um dia. Mais de 191.000 novas infecções foram detectadas, o maior número desde o início da pandemia.
Em termos consolidados, 9,8 milhões de pessoas estão infectadas com a covid-19 em todo o mundo, com pouco mais de 495.000 mortes. Depois dos EUA e Brasil, Índia, Rússia e Reino Unido continuam a ser os países com mais casos.
Nos EUA, havia cerca de 45.000 – também números sem precedentes – de novos casos registrados em todo o país. Flórida, Texas, Califórnia e Arizona são responsáveis por quase metade das novas infecções. Hoje, existem quase 2,5 milhões de pessoas infectadas com a covid-19 no estado norte-americano. Ontem, o número total de mortes subiu para 124.978, e no dia 574 registrado.
Veículos se unem para obter informações
Em resposta à decisão do governo de Jair Bolsonar (sem partido) de restringir o acesso aos dados da pandemia da covid-19, a mídia Twitter, Estado de São Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio de cooperação desde a semana passada e, assim, solicitaram os dados necessários diretamente às secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, através do Ministério da Saúde, deve ser uma fonte natural desses dados, mas opiniões recentes do governo e do próprio presidente questionam a disponibilidade dos dados e sua precisão.