Quando o vôo da ExpressJet 4001 pousou em Houston, no Texas, na quarta-feira (30), não só consagrou o fechamento da empresa e a incerteza na cabeça de 3.000 funcionários desempregados, mas também registrou o fim da empresa que, por muito tempo, foi a maior operadora de aeronaves Embraer E145 do mundo.
A situação que a empresa vive está diretamente relacionada com a crise do setor aéreo causada pela pandemia, já que a United Airlines, empresa para a qual prestava serviços, decidiu centralizar suas operações em outra empresa regional, a CommutAir.
Antes da pandemia, a ExpressJet atendia a mais de 100 destinos nos EUA, Canadá e México, com mais de 3.300 voos semanais de Chicago, Houston e Newark. Fundada em 1986, contava com cerca de 3.000 funcionários no início do ano. Em fevereiro, a empresa chegou a anunciar planos de adicionar 36 ERJ-145 50 assentos à sua frota, o que a tornaria a maior operadora do modelo da história (além de já ser a maior operadora do mundo), com quase 130 aeronave em atividade.
Ao longo de sua história, a empresa norte-americana operou um total de 234 aeronaves dos modelos E135 e E145, sendo 204 os últimos.
Desemprego
De acordo com Forbes, cerca de 650 comissários de bordo estão desempregados, além de pilotos e outros profissionais, atingindo cerca de 3.000 pessoas. Um comissário de bordo típico da Express Jet tinha 15 anos de serviço e ganhava cerca de US $ 40.000 por ano.
A perda de empregos dos funcionários da ExpressJet se somou às 35.000 licenças não remuneradas promovidas pela American Airlines naquela semana, quando souberam que o Congresso não cumpriria o prazo final de setembro para estender o programa de apoio à folha de pagamento às companhias aéreas.
Embora o assunto ainda esteja em pauta no Congresso americano, o fechamento da ExpressJet já está consagrado. A CommutAir, empresa que participará dos voos da ExpressJet, tem sede em Cleveland, Ohio, e atende a 50 destinos com cerca de 1.000 voos semanais. A empresa opera atualmente 30 aeronaves ERJ-145.