Uma resposta forte, rápida e determinada. Foi a promessa deixada nesta quinta-feira pela presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que confirmou a expectativa de que a instituição avance com um grande pacote de estímulo monetário já em dezembro, para responder ao impacto da pandemia crise.
O BCE “respondeu rápida e vigorosamente à primeira onda que atingiu as economias da zona do euro”, disse Lagarde em uma audiência no Parlamento Europeu. “Enfrentaremos a atual fase da crise com a mesma postura e determinação”.
No entanto, o presidente do BCE fez questão de sublinhar que a resposta à crise deve ser partilhada com os governos europeus, que devem avançar com apoio às economias “sem demora”, até porque a região será “gravemente afectada” pela aumento rápido de infecções e restrições impostas para impedir contágios.
A mensagem de Lagarde foi deixada poucas horas antes de um Conselho Europeu por videoconferência, na qual os líderes do bloco regional vão discutir o apoio conjunto às economias, depois que Hungria e Polônia bloquearam o orçamento da União Europeia e a Recuperação devido ao vínculo entre o fornecimento de Comunidade fundos e respeito pelo Estado de Direito.
Sem dizer directamente, Lagarde pediu urgência na resolução deste impasse, para que os fundos sejam disponibilizados “sem demora”.
“O pacote da próxima geração da UE deve estar operacional sem demora – isto é extremamente importante”, sublinhou Lagarde, reiterando que o fardo da resposta à crise deve ser partilhado entre a política fiscal e monetária. “O principal desafio para as autoridades será preencher a lacuna até que a vacinação esteja bem encaminhada e a recuperação possa atingir seu próprio impulso. Portanto, é mais importante do que nunca que a política monetária e a política fiscal continuem trabalhando juntas.”
Num momento em que os países europeus lutam com a necessidade de aumentar as restrições para conter o contágio, a disponibilidade da bazuca europeia enfrenta a ameaça de novos atrasos devido à oposição de Varsóvia e Budapeste, devido à intransigência dos dois países no assunto. Estado de Direito.
Hungria e Polônia disseram que discordam de um acordo fechado Na semana passada, entre a Alemanha, que representa os governos nacionais nas negociações, e o Parlamento Europeu, que também tem poder de veto, sobre demandas pelo desembolso de 1,8 bilhão de euros. Os dois governos do Leste Europeu dizem que a chamada condicionalidade do Estado de Direito os estigmatiza injustamente em relação aos seus padrões democráticos.
Apesar da urgência para resolver este impasse, fontes da UE já alertaram que a solução levará tempo, não havendo avanços neste assunto previstos na reunião desta quinta-feira.
Do lado do BCE, que se reúne em 10 de dezembro, a maioria dos economistas espera que a autoridade monetária aumente suas compras de ativos em 500 bilhões de euros, apesar de várias autoridades, incluindo o economista-chefe Philip Lane, insistirem que os investidores não devem se concentrar muito no tamanho do pacote de dezembro, enfatizando que sua eficácia geral é crítica.