Eu nunca saí por tanto tempo sem ir ao cinema. Nunca. Admito o que é preciso: um quarto escuro, antecipação, uma experiência coletiva. Com uma pandemia de coronavírus, a indústria cinematográfica era uma das mais vulneráveis do mundo. As colossais redes de exibição na China estão perdendo bilhões de dólares. Nos Estados Unidos, gigantes como a AMC estão pedindo ajuda federal para impedir que encerrem suas atividades.
No Brasil, distribuidores, expositores e funcionários de máquinas de cinema trabalham desde abril para descobrir como o brasileiro voltará aos cinemas. Ainda não há data, mas os esforços de mais de duzentos profissionais foram traduzidos para o movimento #JuntosPeloCinema. A intenção é inicialmente reafirmar as conexões afetivas e o prazer de assistir ao filme. Na segunda etapa, o movimento explicará todas as medidas de segurança que serão adotadas por uma extensa rede de exposições em todo o país, desde grandes empresas até instalações independentes.
Enquanto a indústria cinematográfica prepara o terreno para um retorno ponderado e seguro, a transmissão não é um golpe. O número de plataformas como Netflix, Amazon Prime e GloboPlay aumentou. Em Hollywood, o foco de várias produções mudou para a exibição digital, com filmes originalmente planejados para teatros disponíveis para consumo doméstico.
É um novo modelo que pode apontar para um maior equilíbrio entre grandes sucessos de bilheteria e filmes independentes, preenchendo uma lacuna que pode avaliar a coragem e os riscos que precisam ser reduzidos quando os custos do filme atingirem US $ 200 milhões. O streaming de hoje parece uma empresa de aluguel no auge, apostando na quantidade, o que nem sempre afeta a qualidade, mas oferece uma seleção maior de produtos em diferentes gêneros. A coluna de vídeo fala sobre isso Canal do UOL no YouTube semana.