O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) testemunhará como parte de uma investigação sobre o chamado esquema de tiroteio na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, de acordo com o advogado Luciano Pires, que está tentando negociar o interrogatório por videoconferência.
O Ministério Público do Rio convidou o parlamentar para uma entrevista na próxima semana, 6 ou 7 de julho.
A defesa de Flávi, filho do presidente Jair Bolsonar, questionou a jurisdição do órgão de interrogatório, pois a investigação mudou da primeira para a segunda instância da justiça no Rio. O advogado, no entanto, afirma ser capaz e autorizado a ser ouvido.
“Não há demora. Estamos marcando uma data”, disse à Reuters Luciana Pires, que faz parte da defesa do advogado de defesa.
Segundo o advogado, Flávio tem autoridade privilegiada e pode “negociar” uma data e local mais adequados para a audiência.
“O advogado nos deu opções … estamos analisando a agenda do senador”, disse o advogado. “Tudo será via videoconferência.”
O outro advogado do senador, Rodrigo Roca, já revelou uma propensão ao debate que não está à frente.
Questionado sobre a data do interrogatório, o representante no Rio disse que a investigação “é secreta”.
Suspeita-se que Flávio Bolsonaro e cerca de vinte outros deputados de Allera praticaram tiros em seus escritórios na legislatura do Rio.
O esquema no antigo gabinete do deputado estadual seria coordenado por seu assessor parlamentar, Fabrício Queiroz, que foi preso há duas semanas em Atibaia (SP). A esposa de Queiroz continua solta.
Segundo relatos do antigo Conselho de Supervisão Financeira (Coaf), Queiroz supostamente realizou transações financeiras suspeitas entre 2016 e 2017 no valor de cerca de 1,2 milhão de reais. O parlamentar está investigando se Queiroz pagou as contas e os planos de saúde de Flávio Bolsonaro com dinheiro do crack.