O Facebook desmontou uma rede de 73 contas, 14 páginas e um grupo na rede social e Instagram de funcionários do gabinete do presidente nesta quarta-feira (8) Jair Bolsonaro (sem partido), o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), além de participar do PSL, partido para o qual o presidente foi eleito.
A remoção ocorreu porque esses sites usaram ações que a plataforma proibiu, como usar contas falsas, enviar spam ou adotar ferramentas artificiais para espalhar a presença na rede.
Ainda quarta-feira, a empresa demoliu outras redes coordenadas desse tipo nos Estados Unidos, Ucrânia e outros países da América Latina.
No Brasil, apesar de os envolvidos terem tentado disfarçar suas identidades, o Facebook conseguiu verificar os vínculos com indivíduos ligados ao PSL e funcionários dos parlamentares Anderson Moraes e Alan Passos (ambos do PSL-RJ) e do clã Bolsonaro. Segundo a rede social, não há evidências de que parlamentares como Eduardo e Jair Bolsonar estejam diretamente envolvidos.
Atribuímos apenas o que podemos provar. E removemos todas as partes da rede. Vimos a conexão com a PSL e a equipe nos escritórios das pessoas mencionadas e seu envolvimento direto
Nathaniel Gleicher, líder da política de segurança do Facebook
Contas postadas e memes sobre política e eleições, bem como críticas a figuras da oposição, organizações de mídia e jornalistas. Mais recentemente, o grupo começou a distribuir textos, vídeos e fotos sobre a pandemia de coronavírus.
Algumas das fotos postadas no Facebook foram mostradas Postagens sobre o ex-ministro Sergio Moro e uma publicação acusando a TV Globo de inventar as falsas mortes secretas de 19 anos.
O Facebook não explica se esse conteúdo contém conteúdo falso notícia ou não. Ele apenas informa que a rede não foi descontada por causa disso, mas por causa de falsificações de outras pessoas. A empresa acrescenta que alguns dos Postagens eles já foram alvo de despejos por violações Lugar, colocar, como aquele que proíbe o discurso de ódio.
Eles foram desmobilizados no Brasil:
- 35 contas do Facebook
- 38 contas do Instagram
- 14 páginas
- 1 grupo no Facebook
Essa rede tinha:
- Seguidores do Facebook 883k
- 350 membros do grupo
- 917k seguidores Instagram
Em outros países, o seguinte está desativado:
- Canadá e Equador: 41 contas e 77 páginas no Facebook e 56 contas no Instagram
- Ucrânia: 72 contas e 35 páginas no Facebook e 13 contas no Instagram
- EUA: 54 contas e 50 páginas no Facebook e quatro contas no Instagram
A empresa também descobriu que o grupo gastou US $ 1.500 (US $ 8.020 a preço atual) em anúncios.
O Conselho Atlântico, que ajudou o Facebook na operação, divulgou alguns detalhes sobre as pessoas ligadas à derrubada. Um deles é Eduardo Guimarães, do escritório de Eduardo Bolsonaro, e que o UOL já disse que está vinculado a contas que direcionam ataques virtuais.
O tipo de comportamento que levou à sanção no Facebook é chamado de “comportamento não autorizado coordenado”, porque os autores tentam enganar os usuários das redes sociais assumindo as identidades de outras pessoas. A rede social, por exemplo, identificou que o grupo usava essas contas para deturpar um repórter ou administrador de redação.
Em nota, o senador Flávio Bolsonaro disse que “de acordo com uma reportagem no Facebook, é impossível avaliar que tipo de perfil é banido e se a plataforma ultrapassou os limites da censura ou não. Nossa democracia é uma arma que pode destruir reputação e vidas”.
O congressista Anderson Moraes apontou que seu perfil verificado não foi removido ou bloqueado, mas a conta “real” da pessoa em seu escritório foi removida. Ele chamou a remoção de “absurda e autoritária”. Ele ressaltou ainda que a ação era contrária à “liberdade de expressão e princípios democráticos”.
A porta-voz do estado Alana Passos disse que o Facebook não a informou de irregularidades ou violações das regras de suas contas, que são “verificadas e usadas para divulgar meu papel na posição parlamentar e política”. “Nos perfis das pessoas que trabalhavam no meu escritório, o deputado disse: ‘Não posso responder pelo conteúdo publicado. Nenhum funcionário bloqueou a rede devido a uma suposta irregularidade. “
O PSL respondeu que os políticos citaram “na prática eles se retiraram do PSL há alguns meses com a intenção de criar outro partido”. [o Aliança pelo Brasil] e que “o próprio PSL foi um dos principais alvos de notícias falsas fornecidas por esse grupo”. Além disso, a parte não teria excluído contas.
Viés aguarda posições do gabinete consultivo do presidente Jair Bolsonar. Também foi estabelecido contato com o escritório de Eduardo Bolsonar, que não atendia ligações ou e-mails. Esta notícia será atualizada com suas respostas ao relato de caso.
A relatora do CPMI para as notícias falsas diz que não está surpresa
Depois que o caso foi postado no Facebook, um repórter da CPE de notícias falsas no Congresso de Lídice da Mata (PSB-BA) disse que a remoção “não causa espanto”. Para ela, as investigações apontam que a desinformação poderia ter afetado as eleições de 2018.
“Entendemos que as plataformas se juntam a todos e àqueles que lutam pela liberdade de expressão, mas também pela responsabilidade nas redes e pelo combate à desinformação e a qualquer prática de discurso difamatório e que espalha o ódio por todo o país”, afirmou. notário parlamentar.
O Congresso está atualmente debatendo o PL sobre notícias falsas. A câmara já foi aprovada pelo Senado e aguarda análise. Um dos objetivos do projeto é a presença de contas não autorizadas nas redes sociais e o uso de plataformas como uma fase de desinformação. O presidente Jair Bolsonaro já se opôs ao projeto e apontou um possível veto em algumas partes.
* Colaboração de Rodrigo Trindade e Gabriel Francisco Ribeiro