Estudos governamentais que isentam todos os salários até 25% em troca de imposto digital – 29.07.2020. – Mercado

O Ministério da Economia está considerando uma proposta para reduzir os salários de até 25% das empresas para todos os níveis salariais. A proposta se estende à idéia mencionada anteriormente, que previa uma redução de impostos apenas para rendimentos iguais ao salário mínimo.

O assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos, diz que os técnicos estão avaliando o impacto da medida.

“[Estudamos] à isenção para todos, uma redução de 25% nas contribuições. Nós fazemos o cálculo dentro disso ”, disse ele Folha.

Reduzir os impostos que as empresas pagam à União sobre os salários é um objetivo antigo de Guedes, que considera a tributação da folha de pagamento uma arma de destruição de empregos. Com isso, o ministro espera manter o desemprego, reduzindo os custos de emprego.

No entanto, para desistir dessa receita, a equipe econômica estima que será necessário criar um novo imposto que será aplicado aos pagamentos. “Tudo custa dinheiro”, disse Afif.

Os técnicos fazem cálculos com uma taxa mínima de 0,2%. Eles estimam que cerca de US $ 120 bilhões por ano possam ser levados aos cofres públicos.

Nos orçamentos utilizados por Guedes, esse valor seria suficiente para isentar as empresas do pagamento do imposto aplicado até o salário mínimo (hoje, US $ 1.045).

Reduzir impostos para esse intervalo e estender pelo menos parte da medida a outros exigiria uma taxa mais alta.

O ministério já mencionou a possibilidade de o novo imposto ter uma taxa de 0,4%, o que teoricamente dobraria a arrecadação para US $ 240 bilhões.

Os membros do portfólio acreditam que o alívio total dos salários no estado é ideal, mas reconhecem que o plano seria difícil. “Gostaria de divulgar tudo, mas isso seria uma taxa sem precedentes”, afirmou Afif.

Além de pagar a isenção, o novo imposto deve servir para pagar a renda no Brasil. Um programa social está sendo elaborado e substituiria o Bolsa Família (criado na era Lula), por mais pessoas e mais valor.

Afif disse que a nova proposta tributária deve ser submetida ao Congresso em agosto.

Ele se opôs às objeções à idéia. “A resposta para quem critica é: me dê uma alternativa melhor que essa. Ainda não a vi”, afirmou. “O que faz sentido eventualmente acontece”, disse ele.

Para ele, é mais provável que a cobrança seja aprovada se estiver absolutamente ligada à criação de empregos e receita.

O imposto foi planejado por Guedes desde o início do governo, mas nunca foi apresentado oficialmente até hoje. A ideia é receber críticas do prefeito Rodrigo Mai (DEM-RJ), e já foi contestada publicamente até pelo presidente Jair Bolsonaro.

No ano passado, as discussões sobre um novo imposto, modelado na antiga CPMF (Contribuição Temporária para Transações Financeiras), ajudaram a derrubar o então secretário da Receita Federal Marcos Cintra.

Na época, o plano era até saques e depósitos em dinheiro eram tributados a uma taxa inicial de 0,4%; O pagamento de débito e crédito é cobrado 0,2% (para cada parte da transação, pagador e beneficiário).

Mais tarde, Guedes colocou um novo imposto na geladeira, mas não o eliminou dos planos. Recentemente, ela reforçou o argumento de que não é a CPMF.

Além disso, passou a ser chamado de tributo digital, principalmente porque aproveitou ao máximo o crescimento do comércio eletrônico. As compras pela Internet aceleraram no Brasil e no mundo com a pandemia de coronavírus.

Nos planos da equipe econômica, até traficantes de drogas e políticos corruptos pagariam impostos ao realizar transações, efetuar pagamentos, fazer compras eletrônicas e até pagar contas por serviços de streaming.

As transações em dinheiro também estariam sujeitas a tributação quando a transação for registrada digitalmente.

Funcionários do ministério dizem que leva tempo para estudar as propostas devido à necessidade de diferentes níveis de governo fazerem avaliações e porque um componente da reforma está vinculado a outro.

“É um imposto de Lego”, disse Afif, referindo-se a um brinquedo com peças que ficam lado a lado e permitem várias combinações.

Apesar disso, o governo está trabalhando urgentemente em estudos. Também porque as propostas precisam ser levadas em consideração no projeto de orçamento do próximo ano, que será enviado ao Congresso até 31 de agosto.

Perguntas e respostas sobre o novo imposto

Por que criar um novo imposto?

O governo diz que não há mais dinheiro para financiar o Rand Brasil, um programa social que se expandirá para incluir mais pessoas e mais valor. Além disso, quer aliviar as folhas de pagamento das empresas que Guedes considera prejudiciais à criação de empregos

Existe um consenso?

Não. Uma recente tentativa de recriar um imposto semelhante a uma CPMF defeituosa levou ao colapso da Receita Federal. O prefeito Rodrigo Maia (DEM-RJ) geralmente se opõe

Qual seria a taxa?

Inicialmente, o plano é tributar todos os pagamentos em 0,2%. Se necessário, essa taxa seria aumentada

A que se aplica?

Pagamentos em geral, principalmente no comércio eletrônico. As transações em dinheiro também podem ser tributadas quando a transação foi registrada digitalmente

Esse dinheiro é suficiente para uma renúncia completa ao salário?

Não. A estimativa inicial é de que a taxa renderia US $ 120 bilhões, o suficiente para reduzi-la ao salário mínimo, uma vez que parte da coleção deveria ser apoiada pela Renda Brasil

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