Estrangeiros compram menos, mas pagam cada vez mais por imóveis em Portugal – Imobiliário

Os estrangeiros estão a comprar menos imóveis em Portugal, mas a preços cada vez mais elevados e distantes do preço médio do país. Em 2019, os não residentes já representavam mais de 13% do valor total transacionado no mercado imobiliário português.

Os dados foram divulgados esta terça-feira, dia 22 de setembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que informa que, no ano passado, foram transacionados 230.776 imóveis em Portugal, no valor total de 25.955 milhões de euros. Isto significa que o valor médio dos imóveis rondou os 112,4 mil euros.

Destes, 19.520 imóveis foram adquiridos por não residentes, o equivalente a 8,5% do total (8,2% em 2018). No total, os estrangeiros pagaram por estes imóveis 3.443 milhões de euros, o que representa 13,3% do total (contra 13% em 2018). Assim, o número de imóveis adquiridos por não residentes diminuiu 2% entre 2018 e 2019, mas o valor total por eles pago aumentou cerca de 1%.

Em média, também indicam os dados do INE, os não residentes pagaram 176,4 mil euros por imóveis em Portugal, valor 56,8% acima do valor médio global, considerando todos os compradores. Apesar da discrepância, isso é atenuante: em 2018, a diferença era de 58,4%.

Os franceses são os que mais compram, os chineses são os que mais pagam

Em 2019, os residentes em França voltaram a ser os que mais compram imóveis em Portugal, representando mais de 18% das aquisições feitas por estrangeiros. Esse peso está, no entanto, diminuindo, enquanto o dos britânicos aumentou entre 2018 e 2019.

Os britânicos representam também quem mais compra imóveis com valor igual ou superior a 500 mil euros. Ao todo, em 2019, 976 imóveis acima desse limite foram vendidos para residentes no exterior; destes, 252 foram comprados pelos ingleses.

Já os chineses são os que mais pagam por imóveis em Portugal. No ano passado, o valor médio pago pelos chineses foi de 373 mil euros por imóvel, mais do que o dobro do valor médio dos imóveis vendidos a residentes no estrangeiro.

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