“O Departamento de Estado imporá restrições de visto a alguns funcionários de empresas de tecnologia chinesas, como a Huawei, por fornecer apoio material a regimes que violam os direitos humanos em todo o mundo”, afirmou Pompeo em entrevista coletiva.
O chefe da diplomacia americana não especificou quantas empresas estarão sujeitas à nova restrição ou quantos funcionários poderiam ser afetados.
Pompeo também anunciou que viajaria para o Reino Unido e Dinamarca na próxima segunda-feira, dois países que vetaram as operadoras de telecomunicações desde a compra da tecnologia 5G da Huawei.
“Na segunda-feira, vou fazer uma rápida viagem ao Reino Unido e à Dinamarca e tenho certeza de que o Partido Comunista da China e sua ameaça aos povos livres do mundo serão uma questão prioritária”, explicou.
Além disso, Pompeo elogiou a Grã-Bretanha por se tornar um país “limpo” desde a interferência da Huawei. O governo britânico decidiu proibir as operadoras de comprar a tecnologia 5G da Huawei a partir de 2022, após pressão constante dos Estados Unidos.
Em uma entrevista coletiva, o secretário de Estado parabenizou várias empresas que anunciaram em dezembro sua intenção de “progressivamente” reduzir a presença da Huawei no centro de suas redes 5G.
Em maio de 2019, os EUA proibiram a Huawei de vender equipamentos de telecomunicações para empresas dos EUA por suspeita de que a empresa chinesa pudesse explorar esses sistemas de espionagem. Essa proibição impediu gigantes da tecnologia norte-americana como o Google de fazer negócios com a marca chinesa.
A Huawei é muito popular na Europa e atualmente está travando uma batalha para controlar redes 5G que permitem navegar na Internet a uma velocidade muito maior e pode facilitar o desenvolvimento de veículos autônomos e técnicas de operações remotas.
Por outro lado, os Estados Unidos estão realizando uma campanha global para impedir que a Huawei desenvolva a tecnologia 5G e pressionando muitos países da União Europeia a vetar as atividades da empresa chinesa.