Enfermeiras e técnicos de assistência de outros fabricantes do estado do Rio de Janeiro anunciaram hoje que estão em greve após meses de atraso. Durante a manhã, profissionais da categoria protestaram em frente à sede da SES (Secretaria de Estado da Saúde).
Casos de até quatro meses sem pagamento foram relatados no protesto. Em uma nota, a SES confirmou o atraso e disse que estava “em solidariedade com os trabalhadores que não recebem pagamentos” e que “trata isso como uma prioridade”.
Durante a manhã, a enfermeira Mônica Armada, representante do sindicato das enfermeiras, conversou com o RJ1, do Red Globo, sobre o movimento. Ele trata a greve como último recurso, dizendo que nem o governador Wilson Witzel (PSC) nem o ministro da Saúde Alex Bousquet são “sensíveis à luta dos trabalhadores”.
“O ministro da saúde não se preocupou em resolver a questão dos salários, dos pagamentos desses trabalhadores, então não há outra opção senão atacar. O último refúgio foi encontrado.”
“Estamos iniciando uma greve com 50% dos trabalhadores trabalhando. Outros 50% da greve, com o grau de transferência e essa greve é indefinida, retornamos apenas quando todos os salários dos trabalhadores são pagos”, concluiu Mônica.
Os funcionários em greve são o Hospital Mulher, o Hospital Mãe em Saracurun, o Hospital Anchieta (HTO), o Hospital Carlos Chagas, a UPA São Pedro da Aldeia, Samu e os hospitais do Rio.
O que a Secretaria de Saúde diz
Questionada sobre o atraso no pagamento, a SES afirmou que, após um “grande processo de regulamentação de contratos”, a maioria das transferências para organizações sociais (OS) já foi realizada. Das 41 unidades de saúde gerenciadas pelo sistema operacional, 37 já regulamentaram sua condição e seus pagamentos foram totalmente atualizados.
A Secretaria enfatizou que os órgãos operacionais são responsáveis pelo pagamento de seus funcionários e subcontratados. Quanto aos contratos de unidades, o SES diz que a OS Gnosis já recebeu financiamento referente a hospitais em Mãe, durante a transferência 7/3, e mulheres, 7/17.
Com relação ao pagamento de funcionários do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (HEAPN), o secretário afirma que a unidade não possui contrato a partir de 22/05, mas que busca a aprovação do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para pagar funcionários diretamente nas contas, como já aprovado funcionários dos hospitais de campo de Maracanã e São Gonçalo.
Dado os hospitais estaduais de traumatologia e ortopedia (HTO) Baixada e Linda, a SES diz que o pagamento dos atrasados chegará ao banco amanhã.
“Os contratos expiraram. Portanto, um novo contrato está sendo assinado com o mesmo sistema operacional, Mahatma Gandhi”.
Segundo a secretaria, o pagamento para maio da UPA São Pedro da Aldeia foi realizado em 07.08.
“Devido à falta de contrato, o pagamento para junho não pode ser encaminhado, mas um novo contrato já está sendo assinado com o Lagos Rio para resolver essa situação. Um adiantamento da primeira parcela será pago na próxima semana”.
Finalmente, no Hospital Estadual Carlos Chagas (HECC), a SES diz que o pagamento de 3,6 milhões de RAGs a Lagos Riu foi feito em 07/03.