Economia portuguesa com queda menos intensa nos meses de verão – Conjuntura

A economia portuguesa está a recuperar da forte queda registada nos meses em que a pandemia obrigou ao confinamento de grande parte da população e ao encerramento de empresas, embora ainda se encontre no vermelho.

De acordo com a Síntese Económica de Agosto, divulgada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, “a actividade económica tem registado reduções significativas mas progressivamente menos intensas entre Junho e Agosto”.

O indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, registou em julho uma redução homóloga de 3,1%. Essa variação é muito menos severa do que a observada nos meses anteriores. O indicador havia caído 4,3% em junho, 7,6% em maio e 9,3% em abril.

O INE destaca que “o indicador de atividade económica aumentou entre maio e julho, após as reduções significativas registadas nos dois meses anteriores e do mínimo histórico da série atingido em abril”.

Neste relatório, o INE apresenta um conjunto alargado de indicadores, assinalando que o indicador de confiança do consumidor aumentou em agosto, após ter diminuído no mês anterior, com o indicador de clima económico a continuar a recuperar em agosto, à semelhança dos três meses anteriores, desde fortes reduções em abril.

No que se refere aos Indicadores de Curto Prazo (ICP), com informação disponível até julho, estes “continuam a apontar para uma diminuição significativa da atividade económica em termos homólogos, mas com menor intensidade”.

O indicador quantitativo do consumo privado registou uma redução homóloga menos intensa em julho, com o consumo de bens não duradouros e serviços e o consumo de bens duradouros a mostrar sinais de recuperação.

O ministro das finanças português disse na semana passada que a economia portuguesa está a recuperar rapidamente. No entrevista com a Bloomberg TV em Berlim João Leão mostrou-se optimista quanto à recuperação da economia portuguesa, referindo que o crescimento está melhor do que o previsto, embora as perspectivas sejam ainda muito incertas. “A economia está a recuperar de forma rápida e melhor do que se esperava em Portugal e na Europa”, disse na altura João Leão.

A economia portuguesa contraiu 16,3% no segundo trimestre, o que representa a quarta maior queda da União Europeia.

Um retrato da Bloomberg das previsões de 19 economistas mostrou-se mais pessimista quanto ao desempenho da economia portuguesa para este ano, antecipando uma recessão de 8,8%, o que compara com a estimativa anterior de queda de 7,9%.

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