UMA orientações atualizadas da Direção-Geral da Saúde (DGS) em 23 de julho prevê que crianças e jovens retirados de suas famílias entrem nos abrigos sozinhos e fiquem isolados por 14 dias, mesmo que tenham teste negativo para infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2, vírus responsável pelo COVID-19.
UMA notícia é adiantado hoje pelo jornal Público, que informa que a comissão instaladora da Associação AjudAjudar enviou segunda-feira uma reclamação ao Provedor de Justiça por orientação da Direcção-Geral da Saúde (DGS).
A associação considera a diretriz inconstitucional, já que há uma “grave violação dos direitos das crianças e jovens mais desprotegidos”, afirma um dos dirigentes da Associação AjudAjudar, que argumenta que a “DGS passa a emitir diretrizes específicas para o atendimento domiciliar , que deixa de igualar crianças e jovens aos idosos ”.
O documento assinado pela DGS reconhece que medidas podem estar “penalizando uma criança que acaba de ser internada”, mas defende que “a não implementação pode prejudicar o interesse de outras crianças e profissionais e voluntários que trabalham na instituição”.
Até agora, o Instituto do Seguro Social (ISS) ainda não se pronunciou publicamente sobre a política da DGS em questão, escreve o mesmo jornal.
Portugal é responsável por pelo menos 1.801 mortes associadas ao COVID-19 em 55.720 casos confirmados de infecção, de acordo com o último boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS).