A última vez que o governo brasileiro somou mais de mil mortes por dia devido ao novo coronavírus foi em 15 de setembro, quando o país registrou 1.113 mortes.
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, 486 das 1.031 mortes ocorreram nos últimos três dias, mas só foram incorporadas aos dados de hoje, após a confirmação da causa do óbito.
Em relação ao número de casos confirmados, o Brasil hoje supera 4,8 milhões de infectados (4.810.935), com 33.413 infecções ocorridas nas últimas 24 horas.
As autoridades de saúde do país sul-americano também investigam a possível relação de 2.466 mortes com a doença causada pelo novo coronavírus.
No total, 4.180.376 pacientes diagnosticados já se recuperaram da doença no Brasil, país de língua portuguesa mais afetado pela pandemia, enquanto 486.607 infectados estão sob supervisão médica.
São Paulo (985.628), Bahia (310.526), Minas Gerais (295.169) e Rio de Janeiro (264.783) são os estados que concentram o maior número de casos positivos da doença.
As unidades federativas com mais óbitos são São Paulo (35.622), seguido do Rio de Janeiro (18.487), Ceará (8.994) e Pernambuco (8.251).
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recomendou hoje o reforço das medidas preventivas contra o covid-19 em Manaus e no restante do estado do Amazonas.
Em nota técnica, a fundação nota a tendência de aumento dos casos do novo coronavírus e afirma que a situação “é fortemente influenciada por registros associados a residentes de Manaus”.
“Em ambos os casos, esse crescimento ainda é relativamente lento, mas persistente, o que sugere a necessidade de reavaliar eventuais medidas para amenizar a distância física já adotada ou planejada para as próximas semanas”, defende o documento.
A instituição destaca que a situação é reversível, desde que as medidas de proteção e isolamento sejam novamente cumpridas.
O pico da covid-19 no Amazonas ocorreu entre abril e maio, quando os sistemas de saúde e funeral entraram em colapso na capital do estado, Manaus.
Investigação da Fiocruz indica que Manaus vive uma segunda onda da doença e sugere ‘lockdown’ (bloqueio total da movimentação de pessoas) para conter o avanço, medida já descartada pelo governo local.
Segundo dados de hoje do Ministério da Saúde, o Amazonas soma 139.326 casos de infecção e 4.156 mortes desde o início da pandemia, oficialmente registrada no país em 26 de fevereiro.