Ciclista há 20 anos, acostumei-me a essa busca por um espaço permanente nas ruas de São Paulo. Na melhor das hipóteses, eu consigo atingir velocidades médias em algumas seções de descida, sempre em horários alternados.
Na semana passada, no entanto, tive uma experiência completamente diferente. Pela primeira vez na minha vida, andei de bicicleta em um modelo de corrida, a convite da Specialized, uma das marcas líderes no esporte.
A moto é uma Tarmac SL7, lançada ontem (28), após anos de pesquisa e desenvolvimento. Vale lembrar que o Tarmac é um dos modelos mais bem sucedidos do ciclismo de estrada. Ele tem exatamente 1.381 vitórias desde 1974 e títulos mundiais em 2002, 2015, 2016 e 2017.
A experiência com o Tarmac SL7 ocorreu na Estrada dos Romeiros, em Cabreúva, interior de São Paulo, a 42 quilômetros de distância. Fiquei imediatamente impressionado com o peso da bicicleta: apenas 6,7 kg, dentro do “limite de legalidade” da Cycliste Internationale (UCI).
O fato de ser uma bicicleta extremamente leve o torna o modelo mais rápido do mundo. Inexperiente e com muito cuidado para evitar quedas, consegui atingir 70 km / h.
Dois aspectos chamaram minha atenção nos movimentos mais rápidos: estabilidade e diferentes opções de aderência no volante, o que me deixou mais seguro.
A idéia da Specialized era combinar o desempenho do Tarmac SL6 em subidas com a velocidade do modelo Venge. Na véspera das seções mais íngremes, também mostrou bom desempenho. Até a parte mais difícil da jornada passou quase despercebida.
Segundo a Specialized, o novo modelo é até 45 segundos mais rápido que o anterior, a uma distância de 40 quilômetros. Admito que tive dificuldade na primeira metade da viagem, até me acostumar com as mudanças de velocidade no meio das descidas descendentes.
Na segunda fase do teste, pude aproveitar tudo o que a moto tem a oferecer e encerrar a estreia em um modelo de estrada, feito com uma bicicleta que traz tantas expectativas e frutos de anos de trabalho.