A TIM Brasil, a Telefônica Brasil (Vivo) e a Claro receberam exclusividade para negociar a compra da unidade móvel da Oi, em acordo firmado nesta sexta-feira (7).
O trio ofereceu RI 16,5 bilhões pela Oi Móvel em uma proposta conjunta. A negociação também inclui contratos de longo prazo para o uso da infraestrutura de rede da operadora.
O contrato de exclusividade está em vigor até 11 de agosto de 2020 e é automaticamente renovado por iguais períodos, a menos que qualquer uma das quatro empresas se oponha.
“O objetivo do acordo é garantir segurança e agilidade nas negociações em andamento e permitir que, uma vez que as negociações entre as partes tenham sido concluídas de forma satisfatória, os licitantes possam ser pré-qualificados como primeiro licitante, garantindo assim o direito de cobrir outras propostas”, disse o material. fato Telefônice.
Na última segunda-feira (3), um acordo semelhante terminou pela Oi com a Highline do Brasil, empresa da sociedade anônima privada norte-americana Digital Colony.
No dia 18 de julho, a Highline lançou uma oferta para a unidade móvel da Oi, considerando um valor mínimo definido pela operadora de R $ 15 bilhões. Quatro dias depois, o trio brasileiro apresentou sua proposta.
A Oi posteriormente deu uma entrevista exclusiva com a Highline, mas decidiu encerrá-la depois que o portfólio da Digital Colony não aumentou sua oferta.
A Highline também apresentou propostas para outras duas unidades da Oi, uma para adquirir uma torre Oi por US $ 1,08 bilhão e outra para uma empresa de fibra.
Ao contrário da Highline, que tem presença tímida no Brasil, Claro, Vivo e TIM passam por uma cuidadosa revisão anticompetitiva, pois já são as três maiores empresas do país.
Recuperação judicial da Oi
Segundo dados da Teleco Consultoria de maio, a Oi é a quarta maior no mercado de telefonia móvel do país, com 16,28% de participação. A primeira é a Vivo com 33,01%, seguida pela Claro / Nextel com 25,97% e a TIM com 23,20%.
A Oi pediu concordata em 2016 com uma dívida de US $ 65 bilhões na época. A empresa quer usar os recursos da venda de sua unidade móvel para financiar o crescimento de sua rede óptica de banda larga e o pagamento de dívidas, tentando evitar a proteção contra insolvência. Somos uma empresa familiar.
De acordo com o balanço do primeiro trimestre, a dívida financeira total da Oi era de US $ 24 bilhões. O endividamento da recuperação judicial é ainda maior porque inclui outros empréstimos, como os obtidos com a Anatela.
Em conversas com governo e representantes da Anatel, o presidente da empresa, Rodrigo Abreu, deixou claro que a empresa pretende se tornar uma grande fornecedora de infraestrutura fixa – redes e serviços – para concorrentes em todo o país, especialmente na transmissão de redes de transmissão. 5G.
Uma nova reunião de credores está marcada para agosto, na qual a Oi buscará aprovação para se ajustar ao plano original de recuperação judicial. A expectativa da empresa é vender ativos da operação móvel, da torre, do data center e de parte da rede óptica. Somos uma empresa familiar.
(Com Reuters)