Chuva de golos no derby entre FC Porto e Boavista com direito a serenata – Futebol

O dragão brilha através das gotas de chuva. Depois de uma entrada pouco inspirada, uma segunda parte devastadora resultou em um punhado de golos do FC Porto no terreno do Bessa. Corona deu o tom e a partir daí foi uma serenata, com a maestria de Sérgio Oliveira, um bis de Marega e o bis reservado a Luis Díaz.

Sérgio Conceição não alterou a equipa que venceu o Sp. Braga, deixando Marega como referência no ataque. E a verdade é que o plano A não funcionou. O maliense tornou-se uma espécie de última paragem dos ataques, com constantes perdas de bola. Sérgio Oliveira tentou resolver com a meia distância, mas nunca acertou no gol. Foi melhor servir Uribe, que mandou na trave (12 ‘) a melhor, senão a única, oportunidade da primeira parte – saíram os outros cinco remates. O Boavista dividiu a posse de bola (48% no intervalo) e com o técnico Ángel Gomes trazendo toques de arte aos diversos e exagerados duelos físicos.

Apesar de ter homens se aquecendo desde cedo, Conceição os trouxe do camarim, numa espécie de confiança na chave fixa. E ele acertou em cheio. Nem mesmo dois minutos e Corona, com a ponta do pé esquerdo, resolveu a força de trabalho em que ameaçava virar o jogo. O Boavista não caiu no 0-1 e Marchesín teve de brilhar duas vezes na cobrança de falta.

Com os livres você não mata, com os livres você morre. Sérgio Oliveira fez o 0-2, beneficiando de um desvio na barreira e, sim, foi o ponto final na resistência dos homens de Bessa, fazendo do relvado um parque de diversões azul e branco onde Marega se divertia – passe de Oliveira – em 0-3 com um belo chute e, logo em seguida, no quarto, em uma jogada que saiu do laboratório do Olival e merece estar nos livros das cobranças de falta. O Díaz fez o fechamento, com muito lucro. 0-5. Dragão no topo.

Sérgio aponta o caminho
o Marchesín – Decisivo com duas boas defesas quando o resultado ainda era 1-0.
o Manafá – Irregular. As dificuldades da 1ª parte foram eliminadas com o apoio ao 5-0.
o Mbemba – Exposição dentro das expectativas. Não deslumbra, mas também não compromete.
o Pepe – voz de comando. As arquibancadas desertas enfatizam essa característica, que é decisiva para os colegas ao seu redor.
Alex Telles – Jogo sem muito sucesso. Longe do que é capaz.
o Danilo – Ele teve um péssimo início de jogo. Influente nas bolas paradas, como sempre.
Sérgio Oliveira – Ele desbloqueou o jogo quando o time precisava. Ele não apenas assistiu, como também marcou 2-0. Em forma, ele é dono do meio-campo.
o Uribe – Acerta a bola na trave e pouco mais.
o Otávio – Lutador como sempre.
o Corona – Ausente no primeiro tempo, puro talento para fazer 1 a 0 e também deu assistência.
o Marega – Ele sofre como único homem na frente, quando é forçado a caminhar entre os zagueiros. Mas conforme o espaço aparece, é mortal explorar as profundezas.
o Luis Díaz – Meia hora em campo coroado com um gol.
Zaidu – Ganhou mais tiros para eventualmente substituir Alex Telles.
o Taremi – Ele se acostuma com os colegas. Você não ficará surpreso quando começar.
o Fábio Vieira – Sem tempo para muito.
o Romário Baró – Mais um jogo para o currículo.

ANALISAR
+ Mudar sem mudar
Ou vice-versa. O Conceição terá remando contra a maré no meio da tempestade, mantendo a equipe depois de um primeiro tempo ruim no nível ofensivo. A resposta foi a melhor e o segundo tempo virou show.

– entrada complicada
O fato do treinador ter aquecido três jogadores antes mesmo da marca dos 25 ‘ilustra o que foi a entrada dos dragões. Axe marcada caiu para o segundo gol e poderia ter sofrido ainda mais.

Sem grandes problemas
Na primeira parte, ele exagerou ao apontar faltas em quase todos os contatos, o que, em uma partida disputada na chuva, deixa pouco para o espetáculo. Mas nas jogadas decisivas, ele sempre decidiu bem – há reclamações contra pênalti de Marega, que não existe – e não teve influência no resultado.

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